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Paquistaneses enterram vítimas de atentado em Karachi

Um ataque a bomba matou 48 pessoas em uma região muçulmana xiita de Karachi

Paquistaneses gritam palavras de ordem durante o funeral: esse foi o ataque mais mortal em Karachi, a maior cidade e centro de negócios do país (Rizwan Tabassum/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h38.

Karachi - Milhares de paquistaneses participaram nesta segunda-feira do funeral das vítimas de um ataque a bomba que matou 48 pessoas em uma região muçulmana xiita de Karachi, o último de uma série de atentados devastadores antes das eleições no país.

A bomba explodiu no bairro de Abbas Town no momento em que os fiéis deixavam as mesquitas e atingiu dois prédios residenciais, deixando um deles em chamas e prendendo pessoas nas pilhas de escombros. Sobreviventes estão abrigados temporariamente em escolas locais.

Este foi o ataque mais mortal em Karachi, a maior cidade e centro de negócios do país, desde que 43 pessoas morreram em um atentado contra xiitas em dezembro de 2009.

O atentado não foi reivindicado, mas suspeita-se que tenha sido obra da organização extremista sunita Lashkar-e-Jhangvi, que reivindicou grandes ataques contra xiitas na cidade de Quetta, e do talibã paquistanês.

Centenas de homens, mulheres e crianças, muitos deles utilizando bandanas pretas, batiam no peito e soluçavam no momento em que oito caixões passavam, no início do primeiro funeral, informou um repórter da AFP.

O tráfego estava leve devido ao fechamento de escolas, escritórios e mercados, depois que o governo local anunciou um dia de luto e os grupos xiitas três dias de luto pelos mortos no ataque de domingo.

Ao menos 4 mil pessoas compareceram aos funerais, de acordo com a polícia.

Karachi contribui com 42% do PIB do país, mas a cidade é atingida por uma violência sectária, étnica e política, que no ano passado deixou mais de 2.200 pessoas mortas e que constantemente força o fechamento do comércio local.

Grupos de direitos humanos criticam fortemente o governo por não prevenir as mortes e a violência sectária ou por não levar os responsáveis perante a justiça.

"Os terroristas estão nos matando mas o governo não está tomando nenhuma ação para eliminá-los", afirmou Mohsin Ali, de 29 anos, um xiita cujo irmão mais velho foi morto.

"Por quanto tempo perderemos nossas crianças, nossos parentes?", se perguntou.

Sobreviventes eram vistos buscando seus pertences em meio aos escombros de suas antigas residências, destruídas pela explosão.

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A bomba explodiu no bairro de Abbas Town no momento em que os fiéis deixavam as mesquitas e atingiu dois prédios residenciais, deixando um deles em chamas e prendendo pessoas nas pilhas de escombros. Sobreviventes estão abrigados temporariamente em escolas locais.

Este foi o ataque mais mortal em Karachi, a maior cidade e centro de negócios do país, desde que 43 pessoas morreram em um atentado contra xiitas em dezembro de 2009.

O atentado não foi reivindicado, mas suspeita-se que tenha sido obra da organização extremista sunita Lashkar-e-Jhangvi, que reivindicou grandes ataques contra xiitas na cidade de Quetta, e do talibã paquistanês.

Centenas de homens, mulheres e crianças, muitos deles utilizando bandanas pretas, batiam no peito e soluçavam no momento em que oito caixões passavam, no início do primeiro funeral, informou um repórter da AFP.

O tráfego estava leve devido ao fechamento de escolas, escritórios e mercados, depois que o governo local anunciou um dia de luto e os grupos xiitas três dias de luto pelos mortos no ataque de domingo.

Ao menos 4 mil pessoas compareceram aos funerais, de acordo com a polícia.

Karachi contribui com 42% do PIB do país, mas a cidade é atingida por uma violência sectária, étnica e política, que no ano passado deixou mais de 2.200 pessoas mortas e que constantemente força o fechamento do comércio local.

Grupos de direitos humanos criticam fortemente o governo por não prevenir as mortes e a violência sectária ou por não levar os responsáveis perante a justiça.

"Os terroristas estão nos matando mas o governo não está tomando nenhuma ação para eliminá-los", afirmou Mohsin Ali, de 29 anos, um xiita cujo irmão mais velho foi morto.

"Por quanto tempo perderemos nossas crianças, nossos parentes?", se perguntou.

Sobreviventes eram vistos buscando seus pertences em meio aos escombros de suas antigas residências, destruídas pela explosão.

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