Exame Logo

Papa vai a Armênia após irritar Turquia falando de genocídio

O pontífice terá que ser cuidadoso ali e em meia dúzia de outros discursos a líderes políticos e religiosos

Papa Francisco: Ancara também afirma que muitos turcos muçulmanos morreram na mesma época (Stefano Rellandini / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2016 às 11h41.

Cidade do Vaticano - Em visita à Armênia nesta semana, o papa Francisco tentará evitar a retomada de uma desavença diplomática com a Turquia surgida no ano passado, quando classificou o assassinato em massa de armênios em 1915 como um genocídio e enfureceu Ancara.

Durante a viagem de três dias, que começa na sexta-feira, o papa irá rezar no Tzitzernakaberd, conhecido na Armênia como o "Memorial e Museu do Genocídio", mas que o programa oficial do Vaticano para a visita chama de "um memorial dos massacres".

O pontífice terá que ser cuidadoso ali e em meia dúzia de outros discursos a líderes políticos e religiosos.

No ano passado, Francisco descreveu a matança de mais de 1,5 milhão de armênios na Primeira Guerra Mundial como "o primeiro genocídio do século 20" dias antes dos eventos que marcaram o centenário dos massacres em abril.

A Turquia, um país muçulmano, convocou de imediato seu enviado ao Vaticano, Mehmet Pacaci, que ficou afastado por 10 meses, uma eternidade em termos diplomáticos.

A Turquia reconhece que muitos armênios cristãos que viviam no Império Otomano foram mortos nos confrontos com forças otomanas durante a Primeira Guerra Mundial, mas questiona as cifras e nega que as mortes tenham sido orquestradas sistematicamente e representem um genocídio.

Ancara também afirma que muitos turcos muçulmanos morreram na mesma época.

Veja também

Cidade do Vaticano - Em visita à Armênia nesta semana, o papa Francisco tentará evitar a retomada de uma desavença diplomática com a Turquia surgida no ano passado, quando classificou o assassinato em massa de armênios em 1915 como um genocídio e enfureceu Ancara.

Durante a viagem de três dias, que começa na sexta-feira, o papa irá rezar no Tzitzernakaberd, conhecido na Armênia como o "Memorial e Museu do Genocídio", mas que o programa oficial do Vaticano para a visita chama de "um memorial dos massacres".

O pontífice terá que ser cuidadoso ali e em meia dúzia de outros discursos a líderes políticos e religiosos.

No ano passado, Francisco descreveu a matança de mais de 1,5 milhão de armênios na Primeira Guerra Mundial como "o primeiro genocídio do século 20" dias antes dos eventos que marcaram o centenário dos massacres em abril.

A Turquia, um país muçulmano, convocou de imediato seu enviado ao Vaticano, Mehmet Pacaci, que ficou afastado por 10 meses, uma eternidade em termos diplomáticos.

A Turquia reconhece que muitos armênios cristãos que viviam no Império Otomano foram mortos nos confrontos com forças otomanas durante a Primeira Guerra Mundial, mas questiona as cifras e nega que as mortes tenham sido orquestradas sistematicamente e representem um genocídio.

Ancara também afirma que muitos turcos muçulmanos morreram na mesma época.

Acompanhe tudo sobre:ArmêniaÁsiaEuropaPapa FranciscoPapasTurquia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame