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Papa rebate quem diz que ele é comunista

Pontífice destaca que amor aos pobres está no Evangelho

Papa Francisco: "amor pelos pobres é o centro do Evangelho" (Andreas Solaro/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h36.

Cidade do Vaticano -O papa Francisco fez um discurso nesta terça-feira (28) no Encontro Mundial dos Movimentos Populares e disse que é acusado de ser comunista só por pregar o Evangelho.

"Terra. Trabalho. Casa. Estranho, mas se falo de alguns desses temas, alguns dizem que o papa é comunista. O amor pelos pobres é o centro do Evangelho", disse o pontífice segundo a Rádio Vaticana.

Ainda de acordo com o líder da Igreja Católica , o evento "não responde a nenhuma ideologia". Durante o encontro, Jorge Bergoglio pediu que os movimentos populares "continuem com a luta" porque ela "faz bem para todos".

O Encontro dos Movimentos Populares "é um sinal, um grande sinal: vem a uma missa com a presença de Deus, da Igreja, pessoas que muitas vezes têm suas vozes silenciadas".

Ele ainda ressaltou que os mais pobres "não se contentam com promessas ilusórias, desculpas ou álibis. E nem podem esperar por uma ajuda de ONG, de planos assistenciais ou soluções que talvez não cheguem" fazendo com que a população, de um modo "perigoso", seja "anestesiada ou domesticada".

Segundo o papa, essas pessoas "querem ser protagonistas, se organizando, estudando, trabalhando, protestando e, sobretudo, praticando aquela solidariedade tão especial que existe entre aqueles que sofrem e que nossa civilização parece ter esquecido ou, ao menos, finge esquecer".

Francisco ainda condenou os grupos que ajudam as pessoas para "domesticá-los", promovendo estratégias que não permitem o desenvolvimento das famílias e das comunidades. "Que tristeza quando alguns presuntos altruístas se reduzem à passividade e negam-se, ou pior, escondem suas ambições pessoais. Jesus disse: hipócritas", ressaltou.

Mas, ele elogiou quando os "membros mais jovens e pobres" estão nesses movimentos. Isto, segundo Bergoglio, faz com que se possa sentir "o vento da promessa que alimenta a esperança em um mundo melhor".

Ao falar sobre a sociedade, o sucessor de Bento XVI destacou que os movimentos populares "exprimem a necessidade urgente de revitalizar as nossas democracias, tantas vezes sequestradas por inúmeros fatores". De acordo com seu discurso, é "impossível" imaginar um "futuro para uma sociedade sem a participação protagonista da grande maioria".

Ele finalizou dizendo que é preciso "superar o assistencialismo paternal" para ter paz e justiça, criando "novas formas de participação que incluam os movimentos populares" e "a sua torrente energia moral".

Encontro com Morales O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, confirmou que haverá um encontro entre Evo Morales e o papa nesta noite.

Lombardi explicou que, como o presidente boliviano não está em uma comitiva oficial, o encontro "não foi organizado mediante aos habituais canais diplomáticos" e que a reunião será "privada e informal".

O padre ainda disse que esse encontro simboliza "uma expressão de afeto e proximidade com o povo e a Igreja boliviana e um apoio para a melhora das relações entre as autoridades e a Igreja no país".

Morales está em Roma como líder dos movimentos populares de seu país.

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Cidade do Vaticano -O papa Francisco fez um discurso nesta terça-feira (28) no Encontro Mundial dos Movimentos Populares e disse que é acusado de ser comunista só por pregar o Evangelho.

"Terra. Trabalho. Casa. Estranho, mas se falo de alguns desses temas, alguns dizem que o papa é comunista. O amor pelos pobres é o centro do Evangelho", disse o pontífice segundo a Rádio Vaticana.

Ainda de acordo com o líder da Igreja Católica , o evento "não responde a nenhuma ideologia". Durante o encontro, Jorge Bergoglio pediu que os movimentos populares "continuem com a luta" porque ela "faz bem para todos".

O Encontro dos Movimentos Populares "é um sinal, um grande sinal: vem a uma missa com a presença de Deus, da Igreja, pessoas que muitas vezes têm suas vozes silenciadas".

Ele ainda ressaltou que os mais pobres "não se contentam com promessas ilusórias, desculpas ou álibis. E nem podem esperar por uma ajuda de ONG, de planos assistenciais ou soluções que talvez não cheguem" fazendo com que a população, de um modo "perigoso", seja "anestesiada ou domesticada".

Segundo o papa, essas pessoas "querem ser protagonistas, se organizando, estudando, trabalhando, protestando e, sobretudo, praticando aquela solidariedade tão especial que existe entre aqueles que sofrem e que nossa civilização parece ter esquecido ou, ao menos, finge esquecer".

Francisco ainda condenou os grupos que ajudam as pessoas para "domesticá-los", promovendo estratégias que não permitem o desenvolvimento das famílias e das comunidades. "Que tristeza quando alguns presuntos altruístas se reduzem à passividade e negam-se, ou pior, escondem suas ambições pessoais. Jesus disse: hipócritas", ressaltou.

Mas, ele elogiou quando os "membros mais jovens e pobres" estão nesses movimentos. Isto, segundo Bergoglio, faz com que se possa sentir "o vento da promessa que alimenta a esperança em um mundo melhor".

Ao falar sobre a sociedade, o sucessor de Bento XVI destacou que os movimentos populares "exprimem a necessidade urgente de revitalizar as nossas democracias, tantas vezes sequestradas por inúmeros fatores". De acordo com seu discurso, é "impossível" imaginar um "futuro para uma sociedade sem a participação protagonista da grande maioria".

Ele finalizou dizendo que é preciso "superar o assistencialismo paternal" para ter paz e justiça, criando "novas formas de participação que incluam os movimentos populares" e "a sua torrente energia moral".

Encontro com Morales O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, confirmou que haverá um encontro entre Evo Morales e o papa nesta noite.

Lombardi explicou que, como o presidente boliviano não está em uma comitiva oficial, o encontro "não foi organizado mediante aos habituais canais diplomáticos" e que a reunião será "privada e informal".

O padre ainda disse que esse encontro simboliza "uma expressão de afeto e proximidade com o povo e a Igreja boliviana e um apoio para a melhora das relações entre as autoridades e a Igreja no país".

Morales está em Roma como líder dos movimentos populares de seu país.

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