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Papa pede jejum e orações pela Síria

Pedido do pontífice recebe adesões no mundo muçulmano e entre não-crentes

Papa Francisco: "Queremos que em nossa sociedade, desgarrada por divisões e conflitos, exploda a paz", afirmou o pontífice em um tweet (Alessandro Bianchi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h09.

Cidade do Vaticano - O pedido do Papa Francisco por um dia de jejum e orações pela paz na Síria no próximo sábado recebeu adesões além da Igreja Católica, tanto no mundo muçulmano quanto entre não-crentes, indicou nesta terça-feira o Vaticano.

"Queremos que em nossa sociedade, desgarrada por divisões e conflitos, exploda a paz", afirmou Francisco em um novo tweet difundido nesta terça.

O grande mufti Ahmad Badreddin Asun, chefe do Islã sunita da Síria, recebeu favoravelmente o pedido do Papa e incentivou os fieis muçulmanos a atender ao pedido de Francisco, indicou nesta terça-feira a imprensa italiana.

Ahmad Badreddin Asun pensa, inclusive, em viajar ao Vaticano, apesar de sua presença no sábado, na Praça de São Pedro ser pouco provável.

O pedido papal também obteve a inesperada adesão da ministra italiana das Relações Exteriores, Emma Bonino, uma ateia convicta e membro do Partido Radical italiano, conhecido por sua luta a favor do divórcio e do aborto.

"A não-violência está em meu DNA e jamais rejeito uma iniciativa não-violenta", declarou Bonino.

Por sua parte, o ministro da Defesa, Mario Mauro, católico conservador, declarou que queria participar no ato de jejum.

Importantes movimentos católicos como Focolari e Sant'Egidio, muito comprometidos nas negociações de paz em vários continentes, informaram seu total apoio à iniciativa de Francisco.

Na América do Sul, o pedido também surtiu efeito. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira que se somará à jornada de jejum e oração, aproveitando para alertar que os Estados Unidos se preparam para uma Terceira Guerra Mundial com sua intenção de fazer uma intervenção militar na Síria.

"Toda a Venezuela no dia 7 de setembro vai participar na jornada estar en jornada religiosa, espiritual, de jejum e de oração pela Síria", afirmou Maduro.

Da mesma forma, o presidente boliviano Evo Morales se unirá ao movimento, segundo informou sua ministra das Comunicações, Amanda Dávila.

Dávila assegurou que Morales comunicou sua decisão antes de empreender viagem à Europa, onde tem uma agenda oficial que abrange Espanha, Itália e Vaticano.

Morales será recebido na sexta-feira na Santa Sé pelo Sumo Pontífice.

O papa Francisco pediu no domingo passado a todo o mundo uma jornada de jejum e de oração pela paz na Síria, em um gesto simbólico que lembra o apelo feito pelo papa João Paulo II após os atentados de 11 de setembro de 2001.

O dia 7 de setembro será uma jornada de "oração e de jejum", para a qual o Papa convidou todos os cristãos a participarem, assim como os fiéis de outros credos e, inclusive, aqueles que não têm uma religião.

Em um apelo lançado diante de dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para assistir à oração do Ângelus, Francisco condenou firmemente o uso de armas químicas na Síria, mas reiterou sua oposição a qualquer intervenção armada.

"Um grito se eleva com força... é o grito da paz", "nunca mais a guerra", afirmou o Papa, retomando a célebre frase pronunciada por Paulo VI na ONU em 1964, em plena guerra do Vietnã.

"Condeno firmemente o uso de armas químicas. Ainda tenho gravadas na memória e no coração as terríveis imagens dos últimos dias", disse o papa argentino.

Reiterando sua firme oposição a qualquer intervenção armada na Síria, o Papa pediu "com todas as suas forças" que as partes em conflito na Síria "sigam com valentia o caminho da negociação".

Francisco exortou também a comunidade internacional "a fazer todos os esforços para promover sem hesitações as iniciativas de paz" na Síria.

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Cidade do Vaticano - O pedido do Papa Francisco por um dia de jejum e orações pela paz na Síria no próximo sábado recebeu adesões além da Igreja Católica, tanto no mundo muçulmano quanto entre não-crentes, indicou nesta terça-feira o Vaticano.

"Queremos que em nossa sociedade, desgarrada por divisões e conflitos, exploda a paz", afirmou Francisco em um novo tweet difundido nesta terça.

O grande mufti Ahmad Badreddin Asun, chefe do Islã sunita da Síria, recebeu favoravelmente o pedido do Papa e incentivou os fieis muçulmanos a atender ao pedido de Francisco, indicou nesta terça-feira a imprensa italiana.

Ahmad Badreddin Asun pensa, inclusive, em viajar ao Vaticano, apesar de sua presença no sábado, na Praça de São Pedro ser pouco provável.

O pedido papal também obteve a inesperada adesão da ministra italiana das Relações Exteriores, Emma Bonino, uma ateia convicta e membro do Partido Radical italiano, conhecido por sua luta a favor do divórcio e do aborto.

"A não-violência está em meu DNA e jamais rejeito uma iniciativa não-violenta", declarou Bonino.

Por sua parte, o ministro da Defesa, Mario Mauro, católico conservador, declarou que queria participar no ato de jejum.

Importantes movimentos católicos como Focolari e Sant'Egidio, muito comprometidos nas negociações de paz em vários continentes, informaram seu total apoio à iniciativa de Francisco.

Na América do Sul, o pedido também surtiu efeito. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira que se somará à jornada de jejum e oração, aproveitando para alertar que os Estados Unidos se preparam para uma Terceira Guerra Mundial com sua intenção de fazer uma intervenção militar na Síria.

"Toda a Venezuela no dia 7 de setembro vai participar na jornada estar en jornada religiosa, espiritual, de jejum e de oração pela Síria", afirmou Maduro.

Da mesma forma, o presidente boliviano Evo Morales se unirá ao movimento, segundo informou sua ministra das Comunicações, Amanda Dávila.

Dávila assegurou que Morales comunicou sua decisão antes de empreender viagem à Europa, onde tem uma agenda oficial que abrange Espanha, Itália e Vaticano.

Morales será recebido na sexta-feira na Santa Sé pelo Sumo Pontífice.

O papa Francisco pediu no domingo passado a todo o mundo uma jornada de jejum e de oração pela paz na Síria, em um gesto simbólico que lembra o apelo feito pelo papa João Paulo II após os atentados de 11 de setembro de 2001.

O dia 7 de setembro será uma jornada de "oração e de jejum", para a qual o Papa convidou todos os cristãos a participarem, assim como os fiéis de outros credos e, inclusive, aqueles que não têm uma religião.

Em um apelo lançado diante de dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para assistir à oração do Ângelus, Francisco condenou firmemente o uso de armas químicas na Síria, mas reiterou sua oposição a qualquer intervenção armada.

"Um grito se eleva com força... é o grito da paz", "nunca mais a guerra", afirmou o Papa, retomando a célebre frase pronunciada por Paulo VI na ONU em 1964, em plena guerra do Vietnã.

"Condeno firmemente o uso de armas químicas. Ainda tenho gravadas na memória e no coração as terríveis imagens dos últimos dias", disse o papa argentino.

Reiterando sua firme oposição a qualquer intervenção armada na Síria, o Papa pediu "com todas as suas forças" que as partes em conflito na Síria "sigam com valentia o caminho da negociação".

Francisco exortou também a comunidade internacional "a fazer todos os esforços para promover sem hesitações as iniciativas de paz" na Síria.

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