Papa: 'nazismo e comunismo foram chuva ácida sobre a fé'
Bento XVI discursava em pleno território da ex-República Democrática Alemã
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2011 às 10h41.
São Paulo - As ditaduras nazista e comunista, entre 1933 e 1989, tiveram o efeito de uma chuva ácida sobre a fé cristã na parte oriental da Alemanha, afirmou o papa Bento XVI na praça da catedral de Erfurt, em pleno território da ex-República Democrática Alemã. Em sua visita de quatro dias ao país, o pontífice convidou os católicos alemães a renovarem sua fé com o valor e o fervor que seus parentes manifestaram durante as "dificuldades".
Bento XVI se dirigiu aos "descristianizados" habitantes da ex-República Democrática Alemã: "queridos irmãos e irmãs, aqui, em Turíngia e no que então era a RDA, vocês tiveram que suportar uma ditadura parda e uma ditadura vermelha, que produziram sobre a fé cristã o efeito de uma chuva ácida". O tema "chuva ácida" é muito sensível na ex-RDA, onde a contaminação industrial sem freio causou em alguns lugares enormes danos para saúde e meio ambiente.
O papa reconheceu que "a nova liberdade", depois da queda do muro, tornou possível dar à Igreja católica novas possibilidades como a reestruturação e a ampliação de igrejas e centros paroquiais. "Mas essas possibilidades foram acompanhadas por um crescimento da fé? Não é necessário buscar as raízes profundas da fé e da via cristã além da liberdade social?", questionou o papa.
Bento XVI fez uma crítica à Igreja alemã, considerando que está bem organizada e continua sendo poderosa em suas estruturas, mas que tem dificuldades para transmitir uma mensagem forte e conseguir que as pessoas a acompanhem em uma sociedade individualista e secular.
(Com agência France-Presse)
São Paulo - As ditaduras nazista e comunista, entre 1933 e 1989, tiveram o efeito de uma chuva ácida sobre a fé cristã na parte oriental da Alemanha, afirmou o papa Bento XVI na praça da catedral de Erfurt, em pleno território da ex-República Democrática Alemã. Em sua visita de quatro dias ao país, o pontífice convidou os católicos alemães a renovarem sua fé com o valor e o fervor que seus parentes manifestaram durante as "dificuldades".
Bento XVI se dirigiu aos "descristianizados" habitantes da ex-República Democrática Alemã: "queridos irmãos e irmãs, aqui, em Turíngia e no que então era a RDA, vocês tiveram que suportar uma ditadura parda e uma ditadura vermelha, que produziram sobre a fé cristã o efeito de uma chuva ácida". O tema "chuva ácida" é muito sensível na ex-RDA, onde a contaminação industrial sem freio causou em alguns lugares enormes danos para saúde e meio ambiente.
O papa reconheceu que "a nova liberdade", depois da queda do muro, tornou possível dar à Igreja católica novas possibilidades como a reestruturação e a ampliação de igrejas e centros paroquiais. "Mas essas possibilidades foram acompanhadas por um crescimento da fé? Não é necessário buscar as raízes profundas da fé e da via cristã além da liberdade social?", questionou o papa.
Bento XVI fez uma crítica à Igreja alemã, considerando que está bem organizada e continua sendo poderosa em suas estruturas, mas que tem dificuldades para transmitir uma mensagem forte e conseguir que as pessoas a acompanhem em uma sociedade individualista e secular.
(Com agência France-Presse)