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Papa Francisco pede fim da xenofobia aos imigrantes

O papa Francisco pediu o fim do racismo e da xenofobia contra os imigrantes


	Papa Francisco: papa condenou atos racistas e xenófobos e pediu direitos aos imigrantes
 (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco: papa condenou atos racistas e xenófobos e pediu direitos aos imigrantes (Tony Gentile/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 12h15.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco enviou uma mensagem ao "Colóquio da Santa Sé sobre a mobilidade humana e o desenvolvimento" que ocorre no México, entre os dias 12 e 16 de julho, e pediu o fim do racismo e da xenofobia contra os imigrantes.

"O fluxo de imigrantes em todos os continentes e em quase todos os países não devem ser vistos como emergência ou como um fato circunstancial e esporádico, mas como um desafio para a nossa sociedade", afirmou Francisco.

Ele ainda combateu os "atos racistas e xenófobos" e pediu "direitos para os imigrantes".

O pontífice destacou que o fenômeno imigratório "traz consigo grandes promessas junto com múltiplos desafios" e aproveitou para relançar sua própria mensagem de 2013 no Dia do Imigrante, pedindo para haver "uma mudança de atitude da parte de todos". 

"É preciso ter uma passagem da atitude de defesa e medo, de desinteresse e de marginalização, que ao final corresponde a própria "cultura de descarte", para uma postura que tenha como base a "cultura do encontro", a única capaz de construir um mundo mais justo e fraterno, um mundo melhor", escreveu o papa.

Francisco ainda denunciou como uma "emergência humanitária" os sofrimentos e os riscos que milhares de crianças do México e da América Central estão precisando enfrentar.

Isso porque, para ter a chance de uma vida melhor, os pais dessas crianças as enviam sozinhas para atravessar a fronteira dos Estados Unidos.

O papa denunciou que esses números aumentam "dia após dia" e pediu para que os norte-americanos acolham os pequenos.

Além disso, o pontífice pediu para que sejam criadas políticas sobre essas viagens e desenvolvimento nos países deles.

Ele ainda afirmou que "é necessário, em frente a esse desafio, chamar a atenção de toda a comunidade internacional para que possam ser adotadas novas formas de imigração legal e segura".

Sobre a questão dessas crianças, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ajuda do Congresso norte-americano para enfrentar o problema.

Segundo o governo do país, mais de 52 mil menores desacompanhados e 39 mil mulheres com crianças entraram nos EUA só em 2014.

Os imigrantes são, em sua maioria, da Guatemala, El Salvador e Honduras.

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