Papa Francisco diz que a Igreja precisa ser humilde
Pontífice pediu à multidão que orasse pela paz, particularmente na Terra Santa e em todo o Oriente Médio
Reuters
Publicado em 14 de abril de 2019 às 12h18.
Cidade do Vaticano — Dezenas de milhares de pessoas agitaram ramos de palmeiras e oliveiras na Praça de São Pedro no Domingo de Ramos, enquanto o papa Francisco levava os católicos do mundo para as comemorações da Semana Santa, antes da Páscoa, pedindo que a Igreja fosse humilde.
O Domingo de Ramos marca o dia, para os cristãos, em que a Bíblia diz que Jesus entrou em Jerusalém e foi saudado pela multidão como Messias, apenas para ser crucificado dias depois.
Após uma longa procissão pela praça acompanhado por dezenas de bispos e cardeais, e seguindo leituras do evangelho, Francisco disse em sua homilia que era importante resistir às tentações do triunfalismo e permanecer humilde.
"Aclamações alegres na entrada de Jesus em Jerusalém, seguido por sua humilhação. Gritos festivos, seguidos de tortura brutal. Esse duplo mistério acompanha nossa entrada na Semana Santa a cada ano", disse ele.
A própria Igreja teve que resistir ao triunfalismo e mundanidade espiritual, acrescentou, chamando-os de "a tentação mais traiçoeira que ameaça a Igreja".
No final do serviço de duas horas, Francisco pediu à multidão que orasse pela paz, particularmente na Terra Santa e em todo o Oriente Médio.
O Domingo de Ramos marca o início de uma semana de atividades que levam ao domingo de Páscoa, o dia mais importante do calendário litúrgico cristão.
Na Quinta-Feira Santa, Francisco viajará para a cidade de Velletri, ao sul de Roma, para lavar e beijar os pés de 12 detentos em uma prisão para comemorar o gesto de humildade de Jesus com seus apóstolos na noite anterior à sua morte.
Na Sexta-Feira Santa, Francisco, marcando sua sétima temporada de Páscoa desde sua eleição em 2013, deve conduzir uma procissão da Via Crucis em torno do antigo Coliseu de Roma.
O líder de 82 anos dos 1,3 bilhões de católicos romanos do mundo lidera um culto de vigília na noite de sábado, e no Domingo de Páscoa ele lê a tradicional mensagem "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo).