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Papa encerra viagem à África com uma grande missa em Bangui

A última missa celebrada pelo papa antes de partir de volta ao Vaticano foi recheada de danças e cânticos dos fiéis


	Missa:"É preciso perdoar quem nos prejudicou, nos comprometer a construir uma sociedade mais justa e fraterna"
 (Stefano Rellandini / Reuters)

Missa:"É preciso perdoar quem nos prejudicou, nos comprometer a construir uma sociedade mais justa e fraterna" (Stefano Rellandini / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 08h56.

Bangui - O papa Francisco celebrou nesta segunda-feira uma grande missa no estádio de Bangui, capital da República Centro-Africana, para encerrar sua primeira visita à África, uma cerimônia na qual pediu que os cidadãos do país se perdoem mutuamente e trabalhem juntos pela paz.

O pontífice, que nos seis últimos dias também visitou Quênia e Uganda, voltou a se encontrar com uma grande multidão de fiéis na cerimônia realizada no complexo de Barthélémy Boganda.

A última missa celebrada pelo papa antes de partir de volta ao Vaticano foi recheada, como nas outras realizadas na viagem africana, de danças e cânticos dos fiéis. O papa reiterou a mensagem central de sua visita à África: "dialogar com quem é diferente".

"É preciso perdoar quem nos prejudicou, nos comprometer a construir uma sociedade mais justa e fraterna, na qual ninguém se sinta abandonado", afirmou o papa Francisco.

"Vocês, queridos centro-africanos, devem olhar, sobretudo, ao futuro e, apoiando-se no caminho já percorrido, decidir com determinação a inaugurar uma nova etapa na história cristã do seu país, rumo a novos horizontes", acrescentou o pontífice.

Francisco chegou por volta das 9h15 locais (6h15 em Brasília) a um estádio lotado com 30 mil pessoas, usando um papamóvel aberto e mais rudimentar do que em outras ocasiões, mas protegido por um grande número de guarda-costas e seguranças.

Curiosamente, o último grande ato realizado no local foi um comício do ex-presidente François Bozizé dias antes do golpe de Estado dos rebeldes Séléka, do norte muçulmano, em março de 2013.

A ascensão dos insurgentes provocou uma espiral de violência contra as comunidades e milícias civis cristãs, religião majoritária no país.

O papa foi recebido pela presidente do governo de transição, Catherine Samba-Panza, na tribuna de autoridades.

Ao contrário do que ocorreu no Quênia e em Uganda, não houve "selfies".

Os centro-africanos, que estão entre os mais pobres do continente, se conformaram em agitar bandeiras e aplaudir Francisco.

A primeira viagem do papa à África teve seis dias de fervor católico e mensagens focadas na paz e no respeito ao meio ambiente.

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