Papa Francisco: para o Papa quando falta a presença de Deus entre os homens "pode acontecer que os demais paguem o preço de nossa mediocridade cristã" (Andreas Solaro/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 10h59.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco afirmou que o adultério é um "pecado grave", mas que agora se pensa que é só "um problema que é preciso ser resolvido", durante sua homilia de hoje na missa matutina que celebra em sua residência, a Casa Santa Marta.
Além disso, acrescentou que "todos somos pecadores" e assegurou que se alguém diz que não sentiu alguma vez uma tentação "ou é um querubim ou é tolo", segundo se lê em alguns extratos da homilia publicada pela "Rádio Vaticano".
O pontífice argentino dedicou seu sermão ao pecado e lembrou que o papa Pio XII afirmava que "o pecado maior é que os homens perderam o sentido do pecado".
Para Francisco quando falta a presença de Deus entre os homens "se perde o sentido do pecado e pode acontecer que os demais paguem o preço de nossa mediocridade cristã".
Então deu como exemplo o adultério, que considerou "um pecado grave", ao citar a leitura de hoje, que conta como o rei Davi para conseguir Batseba, que era casada com Urias, um de seus generais.
Davi o manda para a frente da batalha, onde Urias é morto.
"Davi se encontra diante de um grande pecado, mas ele não o sente como pecado e só se preocupa em como o resolverá", relatou.
Perante isso, Francisco explicou que "o problema mais grave desta leitura não é o nono mandamento (não desejarás à mulher de teu próximo), porém Davi não fala de pecado mas de um problema que deve resolver".