Papa decepciona expectativas em seu país natal, diz imprensa alemã
Para o pontífice, "evidentemente era muito mais importante fortalecer os últimos bastiões da Igreja a convencer os céticos", afirmou o Financial Times Deutschland
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2011 às 09h52.
Berlim - A imprensa alemã julgou severamente nesta segunda-feira a primeira visita oficial do Papa ao seu país natal, considerando, como o Financial Times Deutschland (FTD), que as expectativas não foram satisfeitas.
"O Santo Padre não conseguiu satisfazer as expectativas (criadas por sua) visita ao seu país natal", afirmou este jornal, vinculado ao meio empresarial, em um editorial.
Embora estas expectativas talvez sejam "muito elevadas", Bento XVI não fez "nenhuma tentativa para se aproximar" delas, segundo o jornal. Para o pontífice, "evidentemente era muito mais importante fortalecer os últimos bastiões da Igreja a convencer os céticos", acrescentou o FTD.
"Esta terceira visita do Papa à Alemanha é (...) uma decepção", sustentou o Süddeutsche Zeitung (centro-esquerda), já que ofendeu "sobretudo os protestantes, mas também muitos católicos". Ao não levar em conta os "esforços dos bispos alemães para criar um diálogo com os fiéis (...), sua visita corre o risco de aprofundar as fraturas dentro da Igreja" católica.
"É preciso acreditar! É preciso obedecer! Mandatos, ordens inclusive, que fazem pensar que o que ele mesmo escreveu - que Deus é amor - não é mais do que um mal-entendido de sua parte (...). O Papa, veemente e quase duro, não o foi durante suas aparições, mas na essência de suas palavras", criticou o Tagesspiegel (centro-esquerda).
Berlim - A imprensa alemã julgou severamente nesta segunda-feira a primeira visita oficial do Papa ao seu país natal, considerando, como o Financial Times Deutschland (FTD), que as expectativas não foram satisfeitas.
"O Santo Padre não conseguiu satisfazer as expectativas (criadas por sua) visita ao seu país natal", afirmou este jornal, vinculado ao meio empresarial, em um editorial.
Embora estas expectativas talvez sejam "muito elevadas", Bento XVI não fez "nenhuma tentativa para se aproximar" delas, segundo o jornal. Para o pontífice, "evidentemente era muito mais importante fortalecer os últimos bastiões da Igreja a convencer os céticos", acrescentou o FTD.
"Esta terceira visita do Papa à Alemanha é (...) uma decepção", sustentou o Süddeutsche Zeitung (centro-esquerda), já que ofendeu "sobretudo os protestantes, mas também muitos católicos". Ao não levar em conta os "esforços dos bispos alemães para criar um diálogo com os fiéis (...), sua visita corre o risco de aprofundar as fraturas dentro da Igreja" católica.
"É preciso acreditar! É preciso obedecer! Mandatos, ordens inclusive, que fazem pensar que o que ele mesmo escreveu - que Deus é amor - não é mais do que um mal-entendido de sua parte (...). O Papa, veemente e quase duro, não o foi durante suas aparições, mas na essência de suas palavras", criticou o Tagesspiegel (centro-esquerda).