Exame Logo

Papa critica interpretação sobre Concílio Vaticano II

Bento XVI afirmou que o evento não representou uma ruptura revolucionária com o passado, mas sim uma renovação

Bento XVI:  o papa disse esperar que o Conselho Vaticano II seja um dia compreendido (Gabriel Bouys/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 15h30.

Cidade do Vaticano - Na manhã desta quinta-feira, o papa falou durante 45 minutos, de improviso, a respeito do Conselho Vaticano II, realizado no início da década de 1960. Ele responsabilizou a mídia pelo que chamou de interpretação distorcida das reuniões da igreja na época, que resultaram em muitas das "calamidades" que afligem a igreja católica nos dias atuais.

Foi o segundo dia seguido que Bento XVI fez declarações bem diretas a seu sucessor e aos cardeais que o elegerão a respeito da direção que a igreja deve tomar quando ele não estiver mais no poder.

Embora suas declarações de despedida na quarta-feira tenham sido agridoces, o papa foi mais combativo nesta quinta-feira, ao se dirigir a uma plateia de milhares de sacerdotes.

Bento XVI era um jovem teólogo durante o Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, que trouxe a igreja católica para o mundo moderno, com documentos importantes sobre as relações da igreja com outras religiões, seu lugar no mundo e sua liturgia.

O papa passou a maior parte de seus oito anos no cargo tentando corrigir o que considera uma interpretação incorreta do concílio. Ele afirma que não se tratou de uma ruptura revolucionária com o passado, como consideram os católicos liberais, mas uma renovação e o despertar para as melhores tradições da igreja antiga.

Ele destacou este ponto nesta quinta-feira, dizendo que matérias mal feitas a respeito das deliberações reduziram o trabalho a "lutas sobre poder político entre as várias correntes da igreja". Segundo o pontífice, como a interpretação da mídia foi dominante e "acessível a todos", o resultado foi que elas alimentaram a compreensão popular sobre o conselho.

Segundo o papa, isso se seguiu a "muitas calamidades, tantos problemas, a vários tormentos. Seminários fecharam, conventos fecharam, a liturgia foi banalizada". No que deve ser uma de suas últimas declarações como papa, Bento XVI disse esperar que "o verdadeiro conselho" seja um dia compreendido.

"Nossa função neste 'ano da fé' é trabalhar para que o verdadeiro conselho, com a força do Espírito Santo, seja realmente compreendida e que a igreja seja realmente renovada". As informações são da Associated Press.

Veja também

Cidade do Vaticano - Na manhã desta quinta-feira, o papa falou durante 45 minutos, de improviso, a respeito do Conselho Vaticano II, realizado no início da década de 1960. Ele responsabilizou a mídia pelo que chamou de interpretação distorcida das reuniões da igreja na época, que resultaram em muitas das "calamidades" que afligem a igreja católica nos dias atuais.

Foi o segundo dia seguido que Bento XVI fez declarações bem diretas a seu sucessor e aos cardeais que o elegerão a respeito da direção que a igreja deve tomar quando ele não estiver mais no poder.

Embora suas declarações de despedida na quarta-feira tenham sido agridoces, o papa foi mais combativo nesta quinta-feira, ao se dirigir a uma plateia de milhares de sacerdotes.

Bento XVI era um jovem teólogo durante o Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, que trouxe a igreja católica para o mundo moderno, com documentos importantes sobre as relações da igreja com outras religiões, seu lugar no mundo e sua liturgia.

O papa passou a maior parte de seus oito anos no cargo tentando corrigir o que considera uma interpretação incorreta do concílio. Ele afirma que não se tratou de uma ruptura revolucionária com o passado, como consideram os católicos liberais, mas uma renovação e o despertar para as melhores tradições da igreja antiga.

Ele destacou este ponto nesta quinta-feira, dizendo que matérias mal feitas a respeito das deliberações reduziram o trabalho a "lutas sobre poder político entre as várias correntes da igreja". Segundo o pontífice, como a interpretação da mídia foi dominante e "acessível a todos", o resultado foi que elas alimentaram a compreensão popular sobre o conselho.

Segundo o papa, isso se seguiu a "muitas calamidades, tantos problemas, a vários tormentos. Seminários fecharam, conventos fecharam, a liturgia foi banalizada". No que deve ser uma de suas últimas declarações como papa, Bento XVI disse esperar que "o verdadeiro conselho" seja um dia compreendido.

"Nossa função neste 'ano da fé' é trabalhar para que o verdadeiro conselho, com a força do Espírito Santo, seja realmente compreendida e que a igreja seja realmente renovada". As informações são da Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Bento XVICatólicosIgreja CatólicaPaíses ricosPapasVaticano

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame