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Papa abre caminho para beatificação de Paulo VI

Bento XVI assinou o decreto que reconhece "as virtudes heróicas" de Paulo VI, primeiro passo para a beatificação


	O papa Paulo VI: depois será necessário demonstrar que ele intercedeu em ao menos um milagre
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O papa Paulo VI: depois será necessário demonstrar que ele intercedeu em ao menos um milagre (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 12h22.

Cidade do Vaticano - O Papa Bento XVI assinou o decreto que reconhece "as virtudes heróicas" de Paulo VI, primeiro passo para sua beatificação, anunciou nesta quinta-feira o Vaticano.

Paulo VI, que comandou a igreja de 1963 a 1978, foi o idealizador com seu antecessor, João XXIII, do Concílio Vaticano II, que modernizou a igreja católica, e também foi o primeiro pontífice da história a visitar a América Latina, quando viajou até a Colômbia em 1968 para o Congresso Eucarístico Mundial.

Com o decreto, o Papa autoriza que Paulo VI seja considerado "venerável" pelos católicos e inicia o processo para demonstrar que intercedeu em ao menos um milagre, necessário para sua beatificação. Para a canonização são necessários dois.

O pontífice italiano, cujo nome era Giovanni Battista Montini, pode ser beatificado no fim do próximo ano, por ocasião das celebrações pelo 50º aniversário do Concílio Vaticano II e durante o proclamado "Ano da Fé".

Segundo o postulador da causa de beatificação, padre Antonio Mazzarro, vários casos de curas milagrosas por intercessão de Paulo VI foram apresentados.

Durante o pontificado do Papa Monti, como costumava ser chamado, formado como diplomata e um influente colaborador do papa Pio XII, foram realizadas muitas mudanças no mundo, das revoltas estudantis à Guerra do Vietnã, passando pela liberação sexual.

Paulo VI tentou entender tais mudanças e "dialogar com o mundo", realizando as primeiras viagens internacionais e históricas de um pontífice.

Ao mesmo tempo defendeu com rigor a tradicional doutrina da Igreja através de importantes encíclicas, entre elas a "Humanae Vitae" (1968), sobre o controle da natalidade que condenava o contraceptivo, e "Populorum Progressio" (1967), sobre os países em desenvolvimento.

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