Palestinos queimam bandeiras dos EUA contra visita de Obama
"É uma visita de cortesia à entidade israelense, que só serve aos interesses dos sionistas", disse representante do Hamas
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2013 às 13h59.
Gaza - Dezenas de palestinos se manifestaram nesta quarta-feira e queimaram bandeiras dos Estados Unidos em um protesto na Cidade de Gaza em frente aos escritórios do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) contra a visita do presidente americano, Barack Obama, à região.
"Obama, não és bem-vindo na Palestina" e "Você é um visitante indesejado" diziam alguns dos cartazes que os manifestantes carregavam, que também cantaram palavras de ordem antiamericanos.
O deputado Yahía Moussa, um dos líderes do movimento islâmico Hamas, disse à imprensa que a visita de Obama "é parte da aliança estratégica entre os presidentes americanos e a ocupação israelense".
"Essa visita é sem dúvida contrária aos interesses do povo palestino e a seus direitos legítimos. Já estamos acostumados a esse tipo de visita ocasional que só vem mostrar a lealdade dos EUA à entidade sionista", ressaltou o deputado islamita em alusão às relações entre Washington e Israel.
Acrescentou que o movimento Hamas já espera que após essa visita aumente a pressão sobre o lado palestino para que aceite o reatamento de negociações "inúteis" e "absurdas" e que efetue mais concessões a Israel.
"É uma visita de cortesia à entidade israelense, que só serve aos interesses dos sionistas", assegurou.
Obama chegou hoje à região para uma viagem por Israel, Palestina e Jordânia na qual, em princípio, não tem intenções de anunciar nenhuma iniciativa de paz nem de pressionar publicamente o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para que suspenda as construções nos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Em entrevista à emissora de rádio "A Voz da Palestina", o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, adiantou que em sua reunião de amanhã com Obama o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, dirá que não retomará as negociações em troca de meros "gestos de boa vontade" por parte de Israel.
"Pediremos a ele que obrigue Israel a cumprir seus compromissos internacionais e não apenas a fazer gestos de boa vontade", afirmou.
Erekat explicou que o governo israelense "deve aceitar a solução de dois Estados nas fronteiras de 1967, princípio que não aceitou em 20 anos de processo de paz".
Paralelamente, um grupo de advogados palestinos processou hoje o presidente Obama pelo assassinato a tiros do jornalista palestino Mazen Dana no Iraque, em 2003, pelo exército americano.
Após fazer a denúncia em nome da família da vítima perante o escritório do procurador-geral palestino em Ramala, os advogados disseram em comunicado que, como máxima autoridade americana, Obama é responsável pelo crime.
Gaza - Dezenas de palestinos se manifestaram nesta quarta-feira e queimaram bandeiras dos Estados Unidos em um protesto na Cidade de Gaza em frente aos escritórios do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) contra a visita do presidente americano, Barack Obama, à região.
"Obama, não és bem-vindo na Palestina" e "Você é um visitante indesejado" diziam alguns dos cartazes que os manifestantes carregavam, que também cantaram palavras de ordem antiamericanos.
O deputado Yahía Moussa, um dos líderes do movimento islâmico Hamas, disse à imprensa que a visita de Obama "é parte da aliança estratégica entre os presidentes americanos e a ocupação israelense".
"Essa visita é sem dúvida contrária aos interesses do povo palestino e a seus direitos legítimos. Já estamos acostumados a esse tipo de visita ocasional que só vem mostrar a lealdade dos EUA à entidade sionista", ressaltou o deputado islamita em alusão às relações entre Washington e Israel.
Acrescentou que o movimento Hamas já espera que após essa visita aumente a pressão sobre o lado palestino para que aceite o reatamento de negociações "inúteis" e "absurdas" e que efetue mais concessões a Israel.
"É uma visita de cortesia à entidade israelense, que só serve aos interesses dos sionistas", assegurou.
Obama chegou hoje à região para uma viagem por Israel, Palestina e Jordânia na qual, em princípio, não tem intenções de anunciar nenhuma iniciativa de paz nem de pressionar publicamente o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para que suspenda as construções nos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Em entrevista à emissora de rádio "A Voz da Palestina", o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, adiantou que em sua reunião de amanhã com Obama o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, dirá que não retomará as negociações em troca de meros "gestos de boa vontade" por parte de Israel.
"Pediremos a ele que obrigue Israel a cumprir seus compromissos internacionais e não apenas a fazer gestos de boa vontade", afirmou.
Erekat explicou que o governo israelense "deve aceitar a solução de dois Estados nas fronteiras de 1967, princípio que não aceitou em 20 anos de processo de paz".
Paralelamente, um grupo de advogados palestinos processou hoje o presidente Obama pelo assassinato a tiros do jornalista palestino Mazen Dana no Iraque, em 2003, pelo exército americano.
Após fazer a denúncia em nome da família da vítima perante o escritório do procurador-geral palestino em Ramala, os advogados disseram em comunicado que, como máxima autoridade americana, Obama é responsável pelo crime.