Palestinos matam israelenses em sinagoga de Jerusalém
Ataque, que deixou nove feridos, cinco deles em estado crítico, foi realizado pelos grupos Hamas e Jihad Islâmica, duas principais forças islamitas palestinas
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2014 às 17h17.
Quatro israelenses morreram e nove ficaram feridos nesta terça-feira em um atentado contra uma sinagoga em Jerusalém , cometido por dois palestinos , que foram mortos, no ataque mais violento nos últimos anos na Cidade Sagrada, cenário de grande tensão.
Os dois palestinos, mortos pela polícia, atacaram os fiéis reunidos em uma sinagoga de Jerusalém Ocidental com machados, facas e uma pistola, segundo a polícia.
O ataque, que deixou nove feridos, cinco deles em estado crítico, foi realizado pelos grupos Hamas e Jihad Islâmica, as duas principais forças islamitas palestinas.
Das quatro vítimas, todos homens, três tinham dupla cidadania americana, segundo o departamento de Estado americano.
A polícia israelense havia afirmado antes que a quarta vítima tinha dupla nacionalidade britânica.
Os criminosos, procedentes de Jabel Mukabber, um bairro de Jerusalém Oriental, entraram no momento da oração em uma sinagoga do bairro ultraortodoxo de Jar Nof, em Jerusalém Ocidental, considerado um reduto do Shass, um partido religioso.
"Escutei tiros e um dos fiéis saiu do local gritando 'É um massacre!'", disse uma testemunha.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, violentamente criticado por Israel, condenou a "morte de fiéis que oravam em uma sinagoga", assim como "a morte de civis independente do lado".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu que o país vai reagir "com mão de ferro ao assassinato de judeus".
Em um comunicado, Netanyahu afirma que o ataque é o "resultado direto" da incitação feita pelo presidente palestino.
"Isto é o resultado direto da incitação feita pelo Hamas e por Abu Mazen (Abbas), incitação que a comunidade internacional ignora de maneira irresponsável".
Netanyahu pretende manter consultas sobre a questão de segurança nesta terça-feira.
O presidente Barack Obama condenou o que chamou de "ataque terrível" e pediu calma a israelenses e palestinos.
"Neste momento delicado em Jerusalém, é muito importante que os líderes israelenses e palestinos e que as pessoas comuns atuem juntos para reduzir as tensões, rejeitar a violência e buscar um caminho para a paz", disse Obama.
O secretário de Estado americano, John Kerry, chamou de ato de "puro terror e de brutalidade sem sentido", ao mesmo tempo que pediu aos dirigentes palestinos que denunciem o ataque.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, por sua vez, também condenou o ataque e pediu calma aos líderes da região para evitar uma escalada da violência.
"O ataque esta manhã prejudica o caminho para a paz. Éum ato de terror contra devotos e condenável em qualquer ponto de vista", afirmou, acrescentando que a "falta de avanços no processo de paz contribui para a escalada da violência, por isso chegou o momento para as duas partes fazerem compromissos".
"O ataque é uma resposta ao assassinato do mártir Yusef Ramuni", um motorista de ônibus palestino encontrado morto no domingo em seu veículo em Jerusalém Ocidental, afirmou o Hamas em um comunicado.
A polícia israelense concluiu após a necropsia que Ramuni cometeu suicídio, ao contrário de um médico palestino, segundo a família, que examinou o corpo do motorista, um palestino de Jerusalém Oriental de 32 anos.
Ramuni, pai de dois filhos, era um homem feliz, segundo a família, que rejeitou com veemência a tese de suicídio.
A descoberta do corpo de Ramuni aumentou ainda mais a tensão em Jerusalém, que desde junho entrou em um ciclo de violência sem trégua entre israelenses e palestinos.
No início de julho extremistas judeus queimaram vivo um adolescente palestino de Jerusalém Oriental, como uma forma de vingança pelas mortes de três israelenses.
Desde então, a Cidade Sagrada registra confrontos noturnos cotidianos na parte leste e palestina da localidade, anexada por Israel.
Os jovens palestinos atiram pedras contra os policiais israelenses, fortemente equipados.
A escalada de violência entrou em uma nova fase no mês passado, quando um palestino avançou com um automóvel contra um ponto de ônibus. Outros dois palestinos seguiram o exemplo com ataques fatais em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada.
Depois começaram os ataques com facas, que chegaram às ruas de Tel Aviv.
Hamas pede novos ataques
Nenhum ataque foi reivindicado de maneira direta, mas alguns foram cometidos por integrantes da Jihad Islâmica ou do Hamas.
O Hamas afirmou que o ataque era uma "resposta à série de crimes do ocupante" na mesquita de Al-Aqsa, que fica na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Antiga de Jerusalém, epicentro da tensão.
Os palestinos consideram uma provocação as visitas nas últimas semanas de extremistas judeus ao local sagrado.
O Hamas defendeu nesta terça-feira a "continuidade das operações".
O ministro israelense da Economia, Naftali Bennett, líder do partido religioso nacionalista Lar Judeu, criticou Abbas.
"Mahmud Abbas, com suas incitações à violência, declarou guerra a Israel e devemos reagir em consequência", disse Bennet.
O ministro israelense da Segurança Interna, Yitzhak Aharonovitch, atribuiu a violência ao Hamas e a Abbas.
"Abbas e o Hamas utilizam todos os pretextos para incitar a violência, inclusive o suicídio de um motorista de ônibus", disse o ministro.
Em função da escalada de violência, Israel decidiu que vai facilitar os controles sobre porte de armas para garantir a autodefesa, segundo afirmou o ministro da Segurança Pública Yitzhak Aharonovitch.
"Nas próximas horas, aliviarei as restrições sobre o porte de armas", afirmou à rádio pública.
Quatro israelenses morreram e nove ficaram feridos nesta terça-feira em um atentado contra uma sinagoga em Jerusalém , cometido por dois palestinos , que foram mortos, no ataque mais violento nos últimos anos na Cidade Sagrada, cenário de grande tensão.
Os dois palestinos, mortos pela polícia, atacaram os fiéis reunidos em uma sinagoga de Jerusalém Ocidental com machados, facas e uma pistola, segundo a polícia.
O ataque, que deixou nove feridos, cinco deles em estado crítico, foi realizado pelos grupos Hamas e Jihad Islâmica, as duas principais forças islamitas palestinas.
Das quatro vítimas, todos homens, três tinham dupla cidadania americana, segundo o departamento de Estado americano.
A polícia israelense havia afirmado antes que a quarta vítima tinha dupla nacionalidade britânica.
Os criminosos, procedentes de Jabel Mukabber, um bairro de Jerusalém Oriental, entraram no momento da oração em uma sinagoga do bairro ultraortodoxo de Jar Nof, em Jerusalém Ocidental, considerado um reduto do Shass, um partido religioso.
"Escutei tiros e um dos fiéis saiu do local gritando 'É um massacre!'", disse uma testemunha.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, violentamente criticado por Israel, condenou a "morte de fiéis que oravam em uma sinagoga", assim como "a morte de civis independente do lado".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu que o país vai reagir "com mão de ferro ao assassinato de judeus".
Em um comunicado, Netanyahu afirma que o ataque é o "resultado direto" da incitação feita pelo presidente palestino.
"Isto é o resultado direto da incitação feita pelo Hamas e por Abu Mazen (Abbas), incitação que a comunidade internacional ignora de maneira irresponsável".
Netanyahu pretende manter consultas sobre a questão de segurança nesta terça-feira.
O presidente Barack Obama condenou o que chamou de "ataque terrível" e pediu calma a israelenses e palestinos.
"Neste momento delicado em Jerusalém, é muito importante que os líderes israelenses e palestinos e que as pessoas comuns atuem juntos para reduzir as tensões, rejeitar a violência e buscar um caminho para a paz", disse Obama.
O secretário de Estado americano, John Kerry, chamou de ato de "puro terror e de brutalidade sem sentido", ao mesmo tempo que pediu aos dirigentes palestinos que denunciem o ataque.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, por sua vez, também condenou o ataque e pediu calma aos líderes da região para evitar uma escalada da violência.
"O ataque esta manhã prejudica o caminho para a paz. Éum ato de terror contra devotos e condenável em qualquer ponto de vista", afirmou, acrescentando que a "falta de avanços no processo de paz contribui para a escalada da violência, por isso chegou o momento para as duas partes fazerem compromissos".
"O ataque é uma resposta ao assassinato do mártir Yusef Ramuni", um motorista de ônibus palestino encontrado morto no domingo em seu veículo em Jerusalém Ocidental, afirmou o Hamas em um comunicado.
A polícia israelense concluiu após a necropsia que Ramuni cometeu suicídio, ao contrário de um médico palestino, segundo a família, que examinou o corpo do motorista, um palestino de Jerusalém Oriental de 32 anos.
Ramuni, pai de dois filhos, era um homem feliz, segundo a família, que rejeitou com veemência a tese de suicídio.
A descoberta do corpo de Ramuni aumentou ainda mais a tensão em Jerusalém, que desde junho entrou em um ciclo de violência sem trégua entre israelenses e palestinos.
No início de julho extremistas judeus queimaram vivo um adolescente palestino de Jerusalém Oriental, como uma forma de vingança pelas mortes de três israelenses.
Desde então, a Cidade Sagrada registra confrontos noturnos cotidianos na parte leste e palestina da localidade, anexada por Israel.
Os jovens palestinos atiram pedras contra os policiais israelenses, fortemente equipados.
A escalada de violência entrou em uma nova fase no mês passado, quando um palestino avançou com um automóvel contra um ponto de ônibus. Outros dois palestinos seguiram o exemplo com ataques fatais em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada.
Depois começaram os ataques com facas, que chegaram às ruas de Tel Aviv.
Hamas pede novos ataques
Nenhum ataque foi reivindicado de maneira direta, mas alguns foram cometidos por integrantes da Jihad Islâmica ou do Hamas.
O Hamas afirmou que o ataque era uma "resposta à série de crimes do ocupante" na mesquita de Al-Aqsa, que fica na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Antiga de Jerusalém, epicentro da tensão.
Os palestinos consideram uma provocação as visitas nas últimas semanas de extremistas judeus ao local sagrado.
O Hamas defendeu nesta terça-feira a "continuidade das operações".
O ministro israelense da Economia, Naftali Bennett, líder do partido religioso nacionalista Lar Judeu, criticou Abbas.
"Mahmud Abbas, com suas incitações à violência, declarou guerra a Israel e devemos reagir em consequência", disse Bennet.
O ministro israelense da Segurança Interna, Yitzhak Aharonovitch, atribuiu a violência ao Hamas e a Abbas.
"Abbas e o Hamas utilizam todos os pretextos para incitar a violência, inclusive o suicídio de um motorista de ônibus", disse o ministro.
Em função da escalada de violência, Israel decidiu que vai facilitar os controles sobre porte de armas para garantir a autodefesa, segundo afirmou o ministro da Segurança Pública Yitzhak Aharonovitch.
"Nas próximas horas, aliviarei as restrições sobre o porte de armas", afirmou à rádio pública.