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Palestinos insistem em ingressar na ONU

Apesar da vontade do país, Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um consenso

'Merecemos mais e merecemos ser um Estado membro da ONU' defendeu o representante da Palestina (Uriel Sinai/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2011 às 17h08.

Nova York - O comitê de adesões do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas mostrou nesta sexta-feira a falta de consenso para aprovar a adesão palestina ao órgão, enquanto os palestinos insistiram em merecer esse ingresso e já analisam os novos passos para conseguir esse objetivo.

'Merecemos mais e merecemos ser um Estado membro da ONU', afirmou para a imprensa o representante palestino nas Nações Unidas, Riyad Mansour, no término da reunião do comitê que analisa as novas adesões na ONU.

Mansour disse que sua delegação decidirá em breve os próximos passos para conseguir seu reconhecimento como Estado membro, e reconheceu que já sabiam da desaprovação no Conselho de Segurança 'por causa da oposição de um país poderoso', em clara referência aos Estados Unidos.

'Não conto com que a Palestina espere anos para entrar na comunidade de nações como Estado membro, mas vamos falar com nossos amigos e intensificaremos nossos esforços. Estamos absolutamente decididos a triunfar nesta tarefa', assegurou.

O comitê de novas adesões do Conselho de Segurança aprovou nesta sexta-feira o relatório que resume o trabalho de seus membros ao longo dos quase 50 dias que se passaram desde que Palestina apresentou sua solicitação de ingresso na ONU, e que conclui assumindo a divisão do Conselho neste assunto.

'O Conselho de Segurança receberá agora o relatório e debaterá sobre qualquer iniciativa futura', disse o presidente rotativo do Conselho, o embaixador português José Felipe Moraes Cabral, que ressaltou a ausência de um calendário fixo para que o órgão se reúna novamente sobre o tema.

Fontes diplomáticas assinalaram que o Conselho de Segurança deve concordar em remeter o relatório de seu comitê à Assembleia Geral, embora também poderia ser obrigado a realizar uma votação sobre a solicitação palestina se algum de seus membros pedir.

Entretanto, o pedido palestina não contaria com os nove votos necessários nesta votação, já que são apenas oito os países que respaldam seu ingresso, enquanto que os Estados Unidos se opõe e outros seis se absteriam.


'Achamos que os palestinos deveriam agora contrapesar suas opções e reconsiderar o que querem fazer', disse na saída da reunião o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig, que insistiu na ausência da maioria necessária para que os palestinos alcancem a admissão.

Um das opções para os palestinos é recorrer à Assembleia Geral, onde contariam com uma grande maioria, mas teriam que se conformar com um status inferior, o de Estado observador não membro.

'Sabemos que contamos com um grande respaldo no Conselho de Segurança e uma maioria enorme na Assembleia Geral', disse Mansour, para quem sua delegação esperava condições diferentes após os esforços diplomáticos e a admissão na Unesco.

O diplomata reconheceu que infelizmente essa mudança não aconteceu, mas afirmou que sua delegação está decidida a continuar com seus esforços 'até que se deem as condições no Conselho de Segurança para que a Palestina se transforme em um Estado membro da ONU'.

O palestino, que lembrou da morte do presidente Yasser Arafat em um hospital militar de Paris há sete anos, afirmou que há uma longa lista de países, entre eles Israel, que não conseguiram ser aceitos no organismo em sua primeira tentativa.

'Não somos o primeiro país a não conseguir o ingresso na primeira rodada. Muitos países fracassaram, incluindo Israel, que apresentou sua solicitação em 29 de novembro de 1948 e em 17 de dezembro só obteve cinco votos a favor, por isso demoraram muitos meses para obter a recomendação', acrescentou.

Para o diplomata, apesar da falta de acordo no Conselho, os palestinos têm motivos para estar satisfeitos porque 'a porta foi aberta' para sua presença nos organismos da ONU, depois que na semana passada a Palestina conseguiu ser aceita na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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'Merecemos mais e merecemos ser um Estado membro da ONU', afirmou para a imprensa o representante palestino nas Nações Unidas, Riyad Mansour, no término da reunião do comitê que analisa as novas adesões na ONU.

Mansour disse que sua delegação decidirá em breve os próximos passos para conseguir seu reconhecimento como Estado membro, e reconheceu que já sabiam da desaprovação no Conselho de Segurança 'por causa da oposição de um país poderoso', em clara referência aos Estados Unidos.

'Não conto com que a Palestina espere anos para entrar na comunidade de nações como Estado membro, mas vamos falar com nossos amigos e intensificaremos nossos esforços. Estamos absolutamente decididos a triunfar nesta tarefa', assegurou.

O comitê de novas adesões do Conselho de Segurança aprovou nesta sexta-feira o relatório que resume o trabalho de seus membros ao longo dos quase 50 dias que se passaram desde que Palestina apresentou sua solicitação de ingresso na ONU, e que conclui assumindo a divisão do Conselho neste assunto.

'O Conselho de Segurança receberá agora o relatório e debaterá sobre qualquer iniciativa futura', disse o presidente rotativo do Conselho, o embaixador português José Felipe Moraes Cabral, que ressaltou a ausência de um calendário fixo para que o órgão se reúna novamente sobre o tema.

Fontes diplomáticas assinalaram que o Conselho de Segurança deve concordar em remeter o relatório de seu comitê à Assembleia Geral, embora também poderia ser obrigado a realizar uma votação sobre a solicitação palestina se algum de seus membros pedir.

Entretanto, o pedido palestina não contaria com os nove votos necessários nesta votação, já que são apenas oito os países que respaldam seu ingresso, enquanto que os Estados Unidos se opõe e outros seis se absteriam.


'Achamos que os palestinos deveriam agora contrapesar suas opções e reconsiderar o que querem fazer', disse na saída da reunião o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig, que insistiu na ausência da maioria necessária para que os palestinos alcancem a admissão.

Um das opções para os palestinos é recorrer à Assembleia Geral, onde contariam com uma grande maioria, mas teriam que se conformar com um status inferior, o de Estado observador não membro.

'Sabemos que contamos com um grande respaldo no Conselho de Segurança e uma maioria enorme na Assembleia Geral', disse Mansour, para quem sua delegação esperava condições diferentes após os esforços diplomáticos e a admissão na Unesco.

O diplomata reconheceu que infelizmente essa mudança não aconteceu, mas afirmou que sua delegação está decidida a continuar com seus esforços 'até que se deem as condições no Conselho de Segurança para que a Palestina se transforme em um Estado membro da ONU'.

O palestino, que lembrou da morte do presidente Yasser Arafat em um hospital militar de Paris há sete anos, afirmou que há uma longa lista de países, entre eles Israel, que não conseguiram ser aceitos no organismo em sua primeira tentativa.

'Não somos o primeiro país a não conseguir o ingresso na primeira rodada. Muitos países fracassaram, incluindo Israel, que apresentou sua solicitação em 29 de novembro de 1948 e em 17 de dezembro só obteve cinco votos a favor, por isso demoraram muitos meses para obter a recomendação', acrescentou.

Para o diplomata, apesar da falta de acordo no Conselho, os palestinos têm motivos para estar satisfeitos porque 'a porta foi aberta' para sua presença nos organismos da ONU, depois que na semana passada a Palestina conseguiu ser aceita na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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