Manifestantes palestinos seguram bandeiras do país: campo de refugiados de Aida é cenário há dias de atos de violência e enfrentamentos (Reuters/Suhaib Salem)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2014 às 09h07.
Jerusalém - Grupos de jovens palestinos e forças israelenses voltaram a se enfrentar no campo de refugiados de Aida, em Belém, onde os primeiros disseram que incendiaram uma das torres de vigilância do muro que separa Israel desta cidade da Cisjordânia.
Um porta-voz militar confirmou nesta quinta-feira para a Agência Efe que "cerca de 20 jovens atacaram os soldados com pedras e queimaram pneus", mas que "não conseguiram queimar a torre de vigilância", como afirmaram os jovens nas redes sociais.
Na página do Facebook "Aida Camp News 24 Hours" há imagens sobre o incidente, ocorrido na noite de quarta-feira e um dia depois que uma unidade militar israelense entrou no campo de refugiados palestinos para reparar uma parte do muro.
O campo de refugiados de Aida é cenário há dias de atos de violência e enfrentamentos entre grupos de jovens, que lançam pedras, e soldados, que respondem com tiros para o alto e fogo real.
Esta semana, um veículo de uma conhecida agência internacional de notícias recebeu os impactos dos disparos dos soldados quando estes exigiram que o mesmo deixasse o local.
Segundo ativistas do campo, cerca 12 jovens foram atingidos pelos disparos e vários foram detidos em incursões noturnas das forças israelenses.
O campo de refugiados de Aida se encontra no interior da cidade de Belém, junto ao túmulo de Raquel, um lugar santo que está cercado em três lados pelo muro e por torres de vigilância.