Palestinos dizem que acabou prazo para diálogo com Israel
Diplomatas palestinos confirmaram que conversas não devem prosseguir porque Israel não respondeu as propostas
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 07h47.
Jerusalém - O prazo de três meses fixado pelo Quarteto para o Oriente Médio (integrado por Estados Unidos, ONU, União Europeia e Rússia) a israelenses e palestinos para que acertassem a retomada do processo de paz terminou nesta quinta-feira com o anúncio palestino de que não prosseguirão com os contatos diretos.
'Há muita pressão para que sigamos adiante, mas nós tínhamos um mandato muito claro do Comitê Executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) que nos permitia negociar só até hoje. Para nós, acabou', disse à Agência Efe uma fonte da equipe negociadora em Ramala.
'Não temos nenhum mandato para seguir discutindo com os israelenses, nossa posição é muito clara. Entregaremos um relatório à OLP no qual é dito o que todo mundo sabe: Israel não apresentou nenhuma proposta, não interrompeu a construção nos assentamentos e não ofereceu nada para negociar', acrescenta a fonte.
A posição da parte palestina é de que 'não faz sentido negociar com uma parte que não aceita nem sequer os mínimos termos de referência da comunidade internacional, nem os compromissos adquiridos no Mapa de Caminho', que exigem que Israel detenha o crescimento das colônias e estabeleça as fronteiras anteriores a 1967 como base do futuro Estado palestino, entre outras condições.
Ambas as partes se comprometeram em 26 de outubro a apresentar no prazo de três meses suas propostas sobre dois dos principais assuntos que os opõem: fronteiras e segurança.
Neste meio tempo, os palestinos apresentaram um documento, entregue primeiro ao Quarteto e, em 3 de janeiro, aos israelenses.
Israel, no entanto, apresentou apenas uma carta que estabelece 21 pontos a serem negociados, mas que não oferece propostas concretas sobre os dois assuntos principais. O documento foi qualificado pelos palestinos como 'inútil'.
Um oficial israelense próximo ao processo reconheceu, em declarações à Efe, que o país 'não apresentou uma posição definitiva, mas entregou um documento que tem como propósito facilitar uma negociação ordenada com uma frequência raciocinada de fases'.
'Se eles desprezam este documento e afirmam que a posição israelense não merece sequer ser discutida, que podemos fazer?', questiona a fonte, que considera que os palestinos não levaram a sério os contatos diretos e 'só buscaram pretextos para criar escândalos e abandonar a mesa de negociações'.
'Se os palestinos não colaboram não é possível fazer nada. Essa oportunidade acabou e será preciso buscar outra', acrescenta.
Espera-se que em 4 de fevereiro, o presidente palestino Mahmoud Abbas trate a situação das negociações com a Liga Árabe para decidir os passos a serem seguidos.
Jerusalém - O prazo de três meses fixado pelo Quarteto para o Oriente Médio (integrado por Estados Unidos, ONU, União Europeia e Rússia) a israelenses e palestinos para que acertassem a retomada do processo de paz terminou nesta quinta-feira com o anúncio palestino de que não prosseguirão com os contatos diretos.
'Há muita pressão para que sigamos adiante, mas nós tínhamos um mandato muito claro do Comitê Executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) que nos permitia negociar só até hoje. Para nós, acabou', disse à Agência Efe uma fonte da equipe negociadora em Ramala.
'Não temos nenhum mandato para seguir discutindo com os israelenses, nossa posição é muito clara. Entregaremos um relatório à OLP no qual é dito o que todo mundo sabe: Israel não apresentou nenhuma proposta, não interrompeu a construção nos assentamentos e não ofereceu nada para negociar', acrescenta a fonte.
A posição da parte palestina é de que 'não faz sentido negociar com uma parte que não aceita nem sequer os mínimos termos de referência da comunidade internacional, nem os compromissos adquiridos no Mapa de Caminho', que exigem que Israel detenha o crescimento das colônias e estabeleça as fronteiras anteriores a 1967 como base do futuro Estado palestino, entre outras condições.
Ambas as partes se comprometeram em 26 de outubro a apresentar no prazo de três meses suas propostas sobre dois dos principais assuntos que os opõem: fronteiras e segurança.
Neste meio tempo, os palestinos apresentaram um documento, entregue primeiro ao Quarteto e, em 3 de janeiro, aos israelenses.
Israel, no entanto, apresentou apenas uma carta que estabelece 21 pontos a serem negociados, mas que não oferece propostas concretas sobre os dois assuntos principais. O documento foi qualificado pelos palestinos como 'inútil'.
Um oficial israelense próximo ao processo reconheceu, em declarações à Efe, que o país 'não apresentou uma posição definitiva, mas entregou um documento que tem como propósito facilitar uma negociação ordenada com uma frequência raciocinada de fases'.
'Se eles desprezam este documento e afirmam que a posição israelense não merece sequer ser discutida, que podemos fazer?', questiona a fonte, que considera que os palestinos não levaram a sério os contatos diretos e 'só buscaram pretextos para criar escândalos e abandonar a mesa de negociações'.
'Se os palestinos não colaboram não é possível fazer nada. Essa oportunidade acabou e será preciso buscar outra', acrescenta.
Espera-se que em 4 de fevereiro, o presidente palestino Mahmoud Abbas trate a situação das negociações com a Liga Árabe para decidir os passos a serem seguidos.