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Palestina fará grupo para supervisionar reconstrução de Gaza

Governo palestino informou que a equipe estará em contato com os doadores, o setor privado e a sociedade civil


	Gaza: conflito recente de Israel e Hamas deixou mais de 2.100 palestinos e 71 israelenses mortos
 (Suhaib Salem/Reuters)

Gaza: conflito recente de Israel e Hamas deixou mais de 2.100 palestinos e 71 israelenses mortos (Suhaib Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 15h35.

Gaza - O governo de unidade palestino constituirá uma equipe de especialistas para supervisionar a reconstrução de Gaza, depois da operação israelense que devastou a faixa.

"A missão da equipe será colocar em prática os planos executivos e decidir as prioridades da reconstrução", informou nesta terça-feira um comunicado do gabinete, emitido após uma reunião por videoconferência de Ramala e Gaza.

O Executivo palestino, que ainda não elegeu os integrantes do grupo, informou que a equipe estará em contato com os doadores, o setor privado e a sociedade civil.

Especialistas calculam que cerca de 48 mil casas foram afetadas em Gaza - 18 mil totalmente destruídas - pelos bombardeios israelenses. Os danos também são grandes em infraestruturas e edifícios públicos.

Na semana passada, a comunidade internacional se reuniu no Cairo para organizar as doações necessárias para a reconstrução, que pode custar, de acordo com diferentes cálculos, até US$ 5 bilhões.

Embora a ofensiva tenha terminado há dois meses e os países doadores tenham se comprometido a ajudar, poucos avanços podem ser vistos no território.

A comunidade internacional ainda deve resolver com Israel a autorização para conceder grandes quantidades de cimento e materiais de construção.

Desde o fim da guerra, Israel deixou passar pequenas contribuições sob supervisão do governo da cidade de Ramala, mas exige medidas de controle para a passagem destes materiais. O objetivo é não deixar que sejam utilizados na construção de túneis com os quais as milícias possam atacar posições israelenses.

Em comunicado, o porta-voz do movimento islamita Hamas, Sami Abu Zuhri, acusou nesta terça-feira Israel de atrasar deliberadamente o processo. Antes, o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, advertiu que o país cessará a entrada de materiais de construção se descobrir que estão sendo utilizados nos túneis.

"As declarações de Yaalon têm o objeto de chantagear os palestinos e provam que Israel está atrasando o processo de reconstrução", afirmou o porta-voz, que incentivou a comunidade internacional a intervir "antes a paciência de Gaza acabe".

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