Mundo

Palavra sósias é censurada em sites da China após condenação

A proibição aconteceu diante dos rumores que afirmavam que a ex-advogada Gu Kailai, declarada culpada por assassinato, estava representada no tribunal por uma sósia


	A ex-advogada Gu Kailai: a mulher, também escritora de sucesso, apareceu com o rosto inchado e com uns quilos a mais no tribunal
 (AFP)

A ex-advogada Gu Kailai: a mulher, também escritora de sucesso, apareceu com o rosto inchado e com uns quilos a mais no tribunal (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 12h13.

Pequim - As autoridades chinesas bloqueavam nesta quarta-feira a palavra "sósias" dos sites de busca da internet, diante dos rumores que afirmavam que a ex-advogada Gu Kailai, declarada culpada na segunda-feira do assassinato de um britânico, estava representada no tribunal por uma sósia.

A esposa do líder de alto escalão comunista Bo Xilai foi condenada à pena de morte convertida em prisão por este crime, no centro de um escândalo que sacudiu o Partido Comunista e provocou milhares de comentários na internet.

A televisão estatal transmitiu imagens da advogada de 53 anos quando declarava perante os juízes que aceitava o veredicto.

Mas a mulher, também escritora de sucesso, apareceu com o rosto inchado e com uns quilos a mais que lhe davam uma aparência muito diferente em comparação com as fotos mais antigas.

Muitos internautas, convencidos de que se beneficiaria de todas as formas de um tratamento preferencial, já que seu marido foi membro do gabinete político central, divulgaram a tese de que uma sósia de Gu Kailai teria sido julgada em seu lugar.

As autoridades chinesas, debilitadas pelo alcance do escândalo Gu Kailai/Bo Xilai, mostram sinais de nervosismo à medida que se aproxima o Congresso do Partido Comunista deste outono, no qual irá ocorrer uma transição política, pela primeira vez na era das mídias sociais.

A censura na internet foi extensa no que se refere ao julgamento de Gu Kailai. Os grandes jornais receberam a clara instrução de utilizar apenas a agência oficial Nova China em seus sites, algo habitual na China com os casos sensíveis.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCensuraChinaInternet

Mais de Mundo

Maduro amplia cerco à imprensa na Venezuela com prisões e exílio

Maior central sindical de Israel promete greve geral nesta segunda

Macron faz consultas com esquerda e direita para nomear primeiro-ministro na França

Presidente da Guatemala pede que militares evitem se associar a políticos ou criminosos

Mais na Exame