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Países membros aprovam relatório sobre clima da ONU

O texto propõe várias opções para enfrentar as emissões de gases de efeito estufa

Poluição: o documento considera factível limitar o aquecimento global a um máximo de 2º Celsius, desde que as emissões sejam reduzidas (AFP/Arquivos)
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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2014 às 13h06.

Representantes dos países membros do Painel da ONU sobre a Mudança Climática (IPCC) aprovaram neste sábado um relatório com várias opções para enfrentar as emissões de gases de efeito estufa.

Este documento do IPCC é o resultado de seis dias de discussões em Berlim e deverá ser publicado no domingo.

Trata-se de uma síntese de um relatório mais amplo, que constitui, por sua vez, a terceira parte de um importante trabalho de investigação realizado por mais de 200 cientistas durante quatro anos.

A síntese a ser publicada contém uma série de opções para limitar as emissões dos gases de efeito estufa provenientes de combustíveis fósseis e da agricultura.

Acredita-se que o documento considera factível limitar o aquecimento global a um máximo de 2º Celsius, desde que as emissões sejam reduzidas.

Segundo um rascunho ao qual a AFP teve acesso, a maior parte das hipóteses para obter esse objetivo implica triplicar ou até quadruplicar a parte das energias renováveis, nuclear ou fóssil, quando suas emissões puderem ser capturadas ou armazenadas.

Segundo o relatório do IPCC divulgado em 31 de março, o aumento das emissões de CO2 elevará durante este século os riscos de conflitos, fome, enchentes e migrações.


"O aumento de temperaturas aumenta a probabilidade de impactos severos, generalizados e irreversíveis", em todo o mundo, alertou o informe do IPCC.

Se não se conseguir estancar as emissões dos gases causadores do efeito estufa, o custo pode chegar a bilhões de dólares em danos a ecossistemas e a propriedades, além da necessidade de se criar sistemas de proteção dessas mudanças.

Os efeitos da mudança climática já começam a ser notados e vão piorar com cada grau centígrado de aumento da temperatura.

A fome poderá ser especialmente severa nos países tropicais e subtropicais. A Amazônia é um dos ecossistemas que mais poderão ser prejudicados, juntos com os polos, os pequenos Estados insulares no Pacífico e os litorais marítimos de todos os continentes, acrescenta o texto.

Bastante extenso, o informe detalha os efeitos por região. Nas Américas do Sul e Central, os desafios são a escassez de água em áreas semiáridas, as inundações em zonas urbanas superpovoadas, a queda da produção alimentar e de sua qualidade e a propagação de doenças transmitidas por mosquitos.

Esse novo documento, publicado em Yokohama, em Tóquio, após cinco dias de reuniões, detalha de forma mais extensa o alcance do problema, que se acelerou a partir do século XX.


As temperaturas vão subir entre 0,3ºC e 4,8ºC neste século, o que se soma ao 0,7ºC calculado desde o início da Revolução Industrial. Além disso, o nível dos mares aumentará entre 26 e 82 centímetros até 2100.

A alta das temperaturas reduzirá o crescimento econômico mundial entre 0,2% e 2% ao ano - calculam os cientistas. Nesse sentido, o IPCC reivindica um pacto mundial até o final de 2015 para limitar esse aumento a até 2ºC no século atual.

Os impactos aumentam com cada grau centígrado e podem ser desastrosos acima de 4ºC, adverte o texto.

A mudança climática pode provocar mais conflitos regionais, devido às migrações das populações afetadas pelas enchentes e à competição pelo monopólio de água e comida.

O relatório garante que o aquecimento global é irreversível, mas que pode ser reduzido drasticamente, se o ser humano controlar as emissões de CO2.

Algumas medidas que podem ser aplicadas de imediato são "baratas e fáceis", como reduzir o desperdício de água, ampliar as áreas verdes nas cidades e proibir assentamentos humanos em zonas de alto risco.

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Representantes dos países membros do Painel da ONU sobre a Mudança Climática (IPCC) aprovaram neste sábado um relatório com várias opções para enfrentar as emissões de gases de efeito estufa.

Este documento do IPCC é o resultado de seis dias de discussões em Berlim e deverá ser publicado no domingo.

Trata-se de uma síntese de um relatório mais amplo, que constitui, por sua vez, a terceira parte de um importante trabalho de investigação realizado por mais de 200 cientistas durante quatro anos.

A síntese a ser publicada contém uma série de opções para limitar as emissões dos gases de efeito estufa provenientes de combustíveis fósseis e da agricultura.

Acredita-se que o documento considera factível limitar o aquecimento global a um máximo de 2º Celsius, desde que as emissões sejam reduzidas.

Segundo um rascunho ao qual a AFP teve acesso, a maior parte das hipóteses para obter esse objetivo implica triplicar ou até quadruplicar a parte das energias renováveis, nuclear ou fóssil, quando suas emissões puderem ser capturadas ou armazenadas.

Segundo o relatório do IPCC divulgado em 31 de março, o aumento das emissões de CO2 elevará durante este século os riscos de conflitos, fome, enchentes e migrações.


"O aumento de temperaturas aumenta a probabilidade de impactos severos, generalizados e irreversíveis", em todo o mundo, alertou o informe do IPCC.

Se não se conseguir estancar as emissões dos gases causadores do efeito estufa, o custo pode chegar a bilhões de dólares em danos a ecossistemas e a propriedades, além da necessidade de se criar sistemas de proteção dessas mudanças.

Os efeitos da mudança climática já começam a ser notados e vão piorar com cada grau centígrado de aumento da temperatura.

A fome poderá ser especialmente severa nos países tropicais e subtropicais. A Amazônia é um dos ecossistemas que mais poderão ser prejudicados, juntos com os polos, os pequenos Estados insulares no Pacífico e os litorais marítimos de todos os continentes, acrescenta o texto.

Bastante extenso, o informe detalha os efeitos por região. Nas Américas do Sul e Central, os desafios são a escassez de água em áreas semiáridas, as inundações em zonas urbanas superpovoadas, a queda da produção alimentar e de sua qualidade e a propagação de doenças transmitidas por mosquitos.

Esse novo documento, publicado em Yokohama, em Tóquio, após cinco dias de reuniões, detalha de forma mais extensa o alcance do problema, que se acelerou a partir do século XX.


As temperaturas vão subir entre 0,3ºC e 4,8ºC neste século, o que se soma ao 0,7ºC calculado desde o início da Revolução Industrial. Além disso, o nível dos mares aumentará entre 26 e 82 centímetros até 2100.

A alta das temperaturas reduzirá o crescimento econômico mundial entre 0,2% e 2% ao ano - calculam os cientistas. Nesse sentido, o IPCC reivindica um pacto mundial até o final de 2015 para limitar esse aumento a até 2ºC no século atual.

Os impactos aumentam com cada grau centígrado e podem ser desastrosos acima de 4ºC, adverte o texto.

A mudança climática pode provocar mais conflitos regionais, devido às migrações das populações afetadas pelas enchentes e à competição pelo monopólio de água e comida.

O relatório garante que o aquecimento global é irreversível, mas que pode ser reduzido drasticamente, se o ser humano controlar as emissões de CO2.

Algumas medidas que podem ser aplicadas de imediato são "baratas e fáceis", como reduzir o desperdício de água, ampliar as áreas verdes nas cidades e proibir assentamentos humanos em zonas de alto risco.

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