Mundo

Países da UE manterão soberania fiscal, diz Áustria

Nações do bloco econômico também poderão enfrentar multas por falta de disciplina

Euro (Philippe Desmazes/AFP)

Euro (Philippe Desmazes/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2011 às 13h04.

Viena - Membros da União Europeia manterão o controle sobre seus orçamentos, mas poderão enfrentar multas por falta de disciplina, segundo planos que líderes europeus discutirão na próxima semana para abordar a crise da dívida na zona do euro, disse o chanceler austríaco Werner Faymann a um jornal.

"Precisamos de um freio para a dívida, como estamos adotando na Áustria, para todos os países da Europa. Também há considerações sobre modificar o tratado da UE," disse ele ao Oesterreich em entrevista publicada no sábado, quando questionado sobre o que a cúpula da UE decidiria.

"Em qualquer evento sobre soberania orçamentária ficaremos ao lado dos países, portanto, neste caso, não é necessário um referendo. A discussão sobre se Estados-membros devem abrir mão de sua soberania orçamentária - criando um Estados Unidos da Europa - é uma discussão de longo prazo e não será debatida nesta cúpula da UE." Faymann deixou claro que qualquer mudança no tratado da UE criando uma união fiscal entre os membros iria provocar um referendo na Áustria.

A cúpula da UE de sexta-feira é vista por algumas pessoas como fundamental para a zona do euro, depois que uma série de meias-medidas acertadas tarde demais por líderes europeus ao longo de quase dois anos não conseguiu conter o contágio do mercado de títulos.

Faymann disse que há "um perigo muito real" de que a zona do euro se rompa a menos que o bloco adote novas regras e as siga.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCrises em empresasEuroEuropaMoedas

Mais de Mundo

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia

Irã manterá diálogos sobre seu programa nuclear com França, Alemanha e Reino Unido