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Pacote de ajuda para Irlanda será de, no mínimo, 50 bi de euros

Ontem, a Irlanda admitiu que provavelmente aceitará ajuda internacional

O FMI chegou a Dublin pregando a austeridade (Peter Muhly/AFP)

O FMI chegou a Dublin pregando a austeridade (Peter Muhly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 18h28.

Nova York - A potencial ajuda financeira de vários doadores para a Irlanda será de, no mínimo, 50 bilhões de euros, afirma o jornal New York Times, citando autoridades próximas às discussões. Ontem, a Irlanda admitiu que provavelmente aceitará ajuda internacional.

Representantes da União Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão em Dublin para examinar as finanças e o sistema bancário da Irlanda. A ajuda poderá incluir a ativação do Programa de Estabilidade Financeira Europeu, o fundo de crédito de emergência de 440 bilhões de euros criado recentemente pela UE para auxiliar no refinanciamento da dívida de países que utilizam o euro.

As discussões devem prosseguir na próxima semana.

Caso os doadores e a Irlanda cheguem a um acordo sobre um pacote limitado para auxiliar o setor bancário do país, o custo poderá ficar em 50 bilhões de euros, disseram as fontes ao jornal. Mas se for tomada a decisão de permitir que a Irlanda fique fora do mercado soberano da dívida por alguns anos - semelhante ao que foi feito no programa de ajuda de 110 bilhões de euros para a Grécia - o pacote poderá subir para perto de 100 bilhões de euros.

Bill Murray, um porta-voz do FMI em Washington, disse ao New York Times que é "muito cedo" para especular sobre o resultado ou a duração das discussões.

Falando ao jornal francês Le Monde, o dirigente do fundo de estabilidade europeu, Klaus Regling, disse que a missão em Dublin precisará de cerca de duas semanas para identificar as necessidades de financiamento do setor bancário da Irlanda e recomendar as reformas. Ele não vê problemas para levantar os recursos para um pacote.

Amadeu Altafaj, um porta-voz da Comissão Europeia, o braço executivo da UE, não quis comentar sobre o andamento das negociações. As informações são da Dow Jones.

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