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Otan reitera compromisso com o Afeganistão

Anders Fogh Rasmussen disse que, apesar dos acontecimentos, 'não devemos perder de vista nosso objetivo: um Afeganistão estável'

Anders Fogh Rasmussen: "A desafiadora situação no Afeganistão nos últimos dias foi difícil para todos" (Odd Andersen/AFP)

Anders Fogh Rasmussen: "A desafiadora situação no Afeganistão nos últimos dias foi difícil para todos" (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 19h10.

Washington - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, reiterou nesta terça-feira o compromisso da entidade com o Afeganistão, apesar da recente onda de violência contra soldados da missão suscitada pela queima de exemplares do Corão (livro sagrado islâmico).

'A desafiadora situação no Afeganistão nos últimos dias foi difícil para todos', reconheceu Rasmussen durante a abertura de um seminário em Washington, mas, acrescentou, 'de nenhuma maneira afetará o cronograma da transição', que prevê a retirada das tropas internacionais até 2014.

Rasmussen disse que, apesar dos acontecimentos, 'não devemos perder de vista nosso objetivo: um Afeganistão estável'. Este, segundo ele, é o maior interesse da Otan e para o qual a organização concentra seus esforços.

O secretário-geral, que deplorou a violência dos últimos dias, nos quais morreram cerca de 30 pessoas, avaliou o trabalho do chefe da missão da Otan no Afeganistão, general John Allen, para administrar a crise rapidamente e poder seguir os trabalhos com os afegãos.

Neste sentido, ele destacou a 'moderação e profissionalismo' das tropas da Isaf no país, assim como o trabalho das forças afegãs para minimizar a violência, suscitada após a notícia de que soldados americanos da base da Otan em Bagram queimaram artigos religiosos e até exemplares do Corão, supostamente por engano.

Rasmussen lembrou que, na próxima reunião da Otan, que será realizada em maio em Chicago (EUA), os aliados continuarão trabalhando sobre o plano para completar a transferência da segurança do país às forças de segurança afegãs no final de 2014, como decidido na cúpula de Lisboa (2010). 'A Otan não é julgada pelo que diz, mas pelo que faz', ressaltou. 

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