Mundo

Otan concluirá missão na Líbia no fim do mês

Decisão dos embaixadores dos países aliados foi tomada de forma preliminar. Anúncio definitivo será feito no início da semana que vem

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen: organização seguirá controlando a situação e com meios "para responder às ameaças aos civis se necessário" (Sean Gallup/Getty Images)

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen: organização seguirá controlando a situação e com meios "para responder às ameaças aos civis se necessário" (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 18h13.

Bruxelas - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiu nesta sexta-feira concluir sua missão na Líbia no próximo dia 31, anunciou o secretário-geral da entidade, Anders Fogh Rasmussen, em entrevista coletiva.

A decisão dos embaixadores dos países aliados foi tomada de forma preliminar e, segundo Rasmussen, o anúncio definitivo será feito no início da semana que vem, após manter consultas com as Nações Unidas e com o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio.

Até o fim de outubro, a aliança ocidental pretende reduzir progressivamente as capacidades de sua missão na Líbia, apesar de seguir controlando a situação e com meios "para responder às ameaças aos civis se necessário", acrescentou o secretário-geral.

O anúncio ocorreu após uma complicada reunião (apenas um dia após a morte do ex-ditador líbio Muammar Kadafi), na qual as divergências entre os aliados fizeram com que o acordo só fosse obtido quatro horas depois do previsto.

O comandante supremo da Otan na Europa, general americano James Stavridis, havia anunciado antes do início da reunião que iria propor aos países da aliança o fim da missão militar na Líbia.


No entanto, a reunião mostrou distintas posturas entre os aliados: desde os que apoiavam encerrar a missão imediatamente até os que pediam o prolongamento dela por mais tempo, até que a situação na Líbia se estabilizasse.

Rasmussen minimizou a importância dessas diferenças e ressaltou que as decisões da Otan são tomadas por consenso entre os membros.

O secretário-geral destacou que o ataque de dois aviões da Otan nesta quinta-feira contra o comboio de Kadafi perto da cidade de Sirte - responsável pela captura e morte do ex-líder - foi "uma operação legítima" dentro do mandato que a ONU concedera à organização.

Ele também manifestou esperança de que as novas autoridades da Líbia assumam totalmente "os princípios básicos do Estado de Direito, respeito aos direitos humanos e completa transparência".

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaLíbiaMuammar KadafiOtanPolíticos

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA