Oslo espera Aung San Suu Kyi para receber seu Nobel 1991
A líder oposicionista do Mianmar recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1991 "por sua luta não-violenta em favor da democracia e dos direitos Humanos"
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2012 às 11h19.
Oslo - Depois de vários anos em prisão domiciliar, a líder da oposição do Mianmar, Aung San Suu Kyi, planeja realizar em junho sua primeira viagem ao exterior, depois de 24 anos sem deixar seu país, para receber em Oslo seu prêmio Nobel da Paz concedido em 1991.
"Ela vai fazer seu discurso do Nobel no Grande Hotel de Oslo", onde acontece todos os anos a tradicional cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz, informou à AFP o diretor do Instituto Nobel encarregado pelos eventos, Sigrid Langebrekke.
O ministério das Relações Exteriores da Noruega havia relatado, pouco antes, sobre um telefonema entre o ministro Jonas Gahr Stoere e Aung San Suu Kyi no domingo sobre esta visita.
No mesmo dia, a Noruega anunciará a retirada de boa parte de suas sanções contra o Mianmar, após as reformas empreendidas no país, que permaneceu por muito tempo fechado à comunidade internacional.
As autoridades do Mianmar afirmaram na quarta-feira que a opositora, que passou 15 anos em prisão domiciliar, fez um pedido de passaporte, mas que este ainda não o foi emitido.
Suu Kyi recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1991, concedido pelo Comitê do Nobel norueguês, "por sua luta não-violenta em favor da democracia e dos direitos Humanos". Mas ela nunca pôde ir a Oslo para receber pessoalmente este prêmio.
Ela sempre afirmou que tentaria realizar sua primeira viagem ao exterior indo à Noruega, em sinal de gratidão.
Seu marido Michael Aris, já falecido, e seus dois filhos receberam em seu nome a medalha, o diploma e o dinheiro do prêmio durante uma cerimônia oficial no Grande Hotel de Oslo, em 1991.
Contudo, o discurso proferido habitualmente pelos laureados na ocasião de entrega do prêmio nunca foi pronunciado por Aung San Suu Kyi. Seu filho Alexandre fez um simples discurso de agradecimento.
Sigrid Langebrekke explicou que o Instituto Nobel desejava organizar para ela o tradicional jantar em homenagem aos laureados. "Mas ainda não temos todos os detalhes de sua visita", disse.
Nenhuma data precisa foi fixada para a viagem, a primeira que ela fará fora do Mianmar desde o seu retorno ao país, em 1988, segundo o ministério norueguês das Relações Exteriores.
A Liga Nacional pela Democracia (LND), partido de Suu Kyi, não confirmou este projeto de viagem.
Instalada na Grã-Bretanha, onde completou parte de seus estudos e se casou com um acadêmico britânico, Michael Aris, Suu Kyi retornou ao Mianmar em abril de 1988 para visitar sua mãe doente e nunca mais conseguiu sair.
Em agosto de 1988, em pleno levante popular, a filha do general Aung San, herói da independência do Mianmar assassinado, pronunciou o seu primeiro discurso público, que traspassou o coração dos birmaneses. A repressão causou a morte de cerca de 3.000 pessoas. Mas o ícone já havia nascido.
Colocada sob prisão domiciliar no ano seguinte, ela passou cerca de 15 anos trancada e sempre se recusou a deixar seu país por medo de não conseguir voltar.
Mas nos últimos meses voltou ao coração do jogo político oficial, incentivada pelo novo governo que substituiu a junta, em março de 2011, e que desde então tem aumentado as reformas políticas.
Oslo - Depois de vários anos em prisão domiciliar, a líder da oposição do Mianmar, Aung San Suu Kyi, planeja realizar em junho sua primeira viagem ao exterior, depois de 24 anos sem deixar seu país, para receber em Oslo seu prêmio Nobel da Paz concedido em 1991.
"Ela vai fazer seu discurso do Nobel no Grande Hotel de Oslo", onde acontece todos os anos a tradicional cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz, informou à AFP o diretor do Instituto Nobel encarregado pelos eventos, Sigrid Langebrekke.
O ministério das Relações Exteriores da Noruega havia relatado, pouco antes, sobre um telefonema entre o ministro Jonas Gahr Stoere e Aung San Suu Kyi no domingo sobre esta visita.
No mesmo dia, a Noruega anunciará a retirada de boa parte de suas sanções contra o Mianmar, após as reformas empreendidas no país, que permaneceu por muito tempo fechado à comunidade internacional.
As autoridades do Mianmar afirmaram na quarta-feira que a opositora, que passou 15 anos em prisão domiciliar, fez um pedido de passaporte, mas que este ainda não o foi emitido.
Suu Kyi recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1991, concedido pelo Comitê do Nobel norueguês, "por sua luta não-violenta em favor da democracia e dos direitos Humanos". Mas ela nunca pôde ir a Oslo para receber pessoalmente este prêmio.
Ela sempre afirmou que tentaria realizar sua primeira viagem ao exterior indo à Noruega, em sinal de gratidão.
Seu marido Michael Aris, já falecido, e seus dois filhos receberam em seu nome a medalha, o diploma e o dinheiro do prêmio durante uma cerimônia oficial no Grande Hotel de Oslo, em 1991.
Contudo, o discurso proferido habitualmente pelos laureados na ocasião de entrega do prêmio nunca foi pronunciado por Aung San Suu Kyi. Seu filho Alexandre fez um simples discurso de agradecimento.
Sigrid Langebrekke explicou que o Instituto Nobel desejava organizar para ela o tradicional jantar em homenagem aos laureados. "Mas ainda não temos todos os detalhes de sua visita", disse.
Nenhuma data precisa foi fixada para a viagem, a primeira que ela fará fora do Mianmar desde o seu retorno ao país, em 1988, segundo o ministério norueguês das Relações Exteriores.
A Liga Nacional pela Democracia (LND), partido de Suu Kyi, não confirmou este projeto de viagem.
Instalada na Grã-Bretanha, onde completou parte de seus estudos e se casou com um acadêmico britânico, Michael Aris, Suu Kyi retornou ao Mianmar em abril de 1988 para visitar sua mãe doente e nunca mais conseguiu sair.
Em agosto de 1988, em pleno levante popular, a filha do general Aung San, herói da independência do Mianmar assassinado, pronunciou o seu primeiro discurso público, que traspassou o coração dos birmaneses. A repressão causou a morte de cerca de 3.000 pessoas. Mas o ícone já havia nascido.
Colocada sob prisão domiciliar no ano seguinte, ela passou cerca de 15 anos trancada e sempre se recusou a deixar seu país por medo de não conseguir voltar.
Mas nos últimos meses voltou ao coração do jogo político oficial, incentivada pelo novo governo que substituiu a junta, em março de 2011, e que desde então tem aumentado as reformas políticas.