Os nomes que se destacaram na política mundial em 2012
Desde políticos reeleitos até dissidentes, listas apontaram nomes que fizeram a diferença em 2012
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2012 às 07h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h48.
São Paulo – Seja por reeleição em tempos difíceis, como foi o caso do presidente americano, Barack Obama, ou pela luta contra governos, como aconteceu com o grupo punk Pussy Riot na Rússia, alguns nomes se destacaram nas páginas dos jornais e revistas mundiais em 2012. Além de terem participado de acontecimentos históricos nesse ano, alguns desses nomes figuraram nas principais listas internacionais sobre o assunto, das revistas Time, Forbes e Foreign Policy. Conheça nas fotos ao lado alguns nomes de destaque na política internacional em 2012.
E se Barack Obama conseguiu se reeleger, foi em parte pelo apoio público recebido do ex-presidente americano Bill Clinton. Em setembro, Clinton nomeou oficialmente Obama como candidato democrata à reeleição. "Quero que o presidente Barack Obama seja o próximo presidente dos Estados Unidos e o nomeio orgulhosamente como o candidato do Partido Democrata", disse Clinton na ocasião, em discurso na Time Warner Cable Arena de Charlotte. No início, Clinton apenas aparecia em vídeos de campanha para Obama, mas logo embarcou em aparições públicas ao lado do agora reeleito presidente americano. Na campanha pela reeleição, o ex-presidente chegou a, literalmente, perder a voz.
A banda russa não ganhou o Grammy nem estourou nas rádios, mas ficou conhecida no mundo inteiro. Num ato de protesto contra o governo do presidente russo, Vladimir Putin, o grupo punk feminino entrou em uma catedral em Moscou e fez uma apresentação, tocando letras contra o político. A banda foi condenada em agosto a dois anos de prisão por vandalismo. Protestos pedindo para liberar o grupo da cadeia rodaram o mundo.
“O mais temido inimigo do Talibã no Paquistão não são os tanques militares dos Estados Unidos. É uma estudante de 15 anos”. Foi assim que a revista Foreign Policy descreveu a estudante paquistanesa Malala Yousafzai ao colocar seu nome na lista de pensadores globais em 2012. Apesar da pouca idade, a adolescente se destacou na luta por direitos das mulheres em seu país e defende o acesso feminino à educação. Recentemente, Malala passou por um susto: sofreu um atentado de talibãs em seu país. A adolescente foi ser tratada na Inglaterra, onde começou a se recuperar do ataque. A foto ao lado foi divulgada pelo hospital Queen Elizabeth, na Inglaterra, e mostra a primeira imagem da jovem acordada após o atentado, ao lado de seu pai e seus irmãos.
O prefeito de Nova York se destacou ao preparar a cidade para o furacão Sandy. Ele foi o responsável por tomar decisões difíceis na cidade em decorrência desse, que virou tempestade, como o racionamento de gasolina e o cancelamento da maratona. Neste ano, ele foi apontado na lista da Forbes como a 16ª pessoa mais influente do mundo. Segundo a revista, o destaque foi sua luta contra a obesidade em Nova York por meio de medidas polêmicas, como a proibição de bebidas com excesso de açúcar.
“Oficialmente, é a chanceler da Alemanha, mas na realidade, ela influencia quase toda a Europa”, resumiu a revista Time ao falar de Angela em sua lista mais recente de pessoas mais influentes do mundo. Ela também apareceu na lista de pensadores globais da Foreign Policy, em 12º lugar, e na de pessoas mais poderosas do mundo da Forbes, em segundo lugar. Em meio à crise financeira na zona do euro, Merkel é voz firme ao defender a austeridade para os países da região.
Com uma relevante contribuição para artes e arquitetura na China, Weiwei já foi destaque internacional por colaborar no desenho do Estádio Nacional de Pequim, principal ponto das Olimpíadas de 2008. Mas neste ano, não foi o talento que colocou Weiwei na lista de principais pensadores globais da revista Foreign Policy. Weiwei é um ativista crítico do governo chinês. Uma de suas principais armas é a internet, em especial, o Twitter. O ativista chegou a colocar câmeras em seu estúdio para transmitir sua rotina pela internet e transformar sua reclusão em arte. A ação foi uma maneira de protestar contra o controle do governo chinês. Recentemente, o ativista gravou uma paródia de "Gangnam Style", do sul-coreano PSY. O vídeo foi bloqueado em sites da China pelo governo do país.
Outro nome de destaque no ativismo é o do advogado Chen Guangcheng, que lutou contra políticas de planejamento familiar abusivas na China, que incluiam abortos forçados. Ele, que é cego, ficou em prisão domiciliar, mas neste ano, conseguiu fugir para os Estados Unidos, onde vive atualmente.
Ela já foi presa por oposição ao governo de Burma (Myanmar), mas agora faz parte inclusive do parlamento do país. A dissidente apareceu em 19º lugar da lista de mulheres mais poderosas do mundo da Forbes. Ficou também em primeiro lugar da lista de pensadores globais da Foreign Policy, ao lado do presidente do país, Thein Sein. Na lista da Time, apenas o presidente aparece.