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Os jovens e a crise espanhola

A crise espanhola continua a das as cartas. País que mais recebeu imigrantes na Europa entre 2000 e 2009, a Espanha virou um país de emigrantes — especialmente de jovens qualificados. A estimativa é que a debandada seja de 2,5 milhões de pessoas na próxima década. O problema é um velho conhecido, o desemprego. Desde […]

DESEMPREGADOS NA ESPANHA: taxa de desocupação da Europa não cai abaixo dos 10% há cinco anos  / Jasper Juinen/Getty Images

DESEMPREGADOS NA ESPANHA: taxa de desocupação da Europa não cai abaixo dos 10% há cinco anos / Jasper Juinen/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2016 às 06h34.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.

A crise espanhola continua a das as cartas. País que mais recebeu imigrantes na Europa entre 2000 e 2009, a Espanha virou um país de emigrantes — especialmente de jovens qualificados. A estimativa é que a debandada seja de 2,5 milhões de pessoas na próxima década.

O problema é um velho conhecido, o desemprego. Desde o pico de 26% em 2013, a taxa parecia que cairia lenta e gradualmente, mas voltou a subir. Cerca de 21% dos espanhóis não têm ocupação, conforme divulgado nesta quinta-feira. Entre os jovens com menos de 25 anos, a taxa continua dramática: 45%. O terror no mercado de trabalho se reflete nas contas do país: em 2015, a dívida pública espanhola chegou a 99% do PIB, o equivalente a 1 trilhão de euros. Antes da crise, a parcela da dívida era de 36% dos rendimentos.

Para tentar salvar a Espanha (mais uma vez), o ministro da Economia Luis de Guindos vai anunciar nesta sexta-feira um programa de estabilidade econômica. Além disso, serão anunciadas novas metas para o produto interno bruto do país, mais condizentes com a realidade. Apesar de ter voltado a crescer em 2014 e estar crescendo acima da zona do euro — a previsão é de avançar 2,6% neste ano —, ainda não é suficiente para conter o crescimento da dívida.

Nesta sexta, será divulgado o PIB trimestral, e a expectativa é de um crescimento de 0,7%, uma leve queda frente aos 0,8% dos últimos meses de 2015. Para conseguir ir além disso, a Espanha tem a meta de criar 470.000 vagas de emprego por ano até lá. Quem sabe, assim, o país consiga atrair seus trabalhadores de volta.

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