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Os dias derradeiros do acordo nuclear com o Irã

ÀS SETE - De hoje até sexta-feira, uma série de prazos chega ao fim para os Estados Unidos dentro das negociações com o país árabe

Acordo nuclear: já na segunda-feira os Estados Unidos podem voltar a impor sanções econômicas sobre o Irã (Justin Sullivan/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 06h46.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 15h52.

A partir desta quarta-feira o acordo nuclear firmado por países do Ocidente com o Irã dá suas últimas voltas no relógio.

Uma série de prazos chega ao fim nos próximos dias para o presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, começando por hoje, e terminando na sexta-feira, quando vence o prazo para a recertificação do acordo.

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Em outubro, quando o último prazo venceu, Trump se recusou a ratificar o acordo, firmado em 2015 pelo então presidente Barack Obama e saudado pela comunidade internacional.

A recertificação é parte do tratado, que prevê que, a cada 90 dias, o governo americano deve supervisionar e ratificar sua aprovação quanto ao cumprimento das regras pelo governo iraniano.

Se o Irã tomar qualquer medida em direção ao ampliamento de seu projeto nuclear nesse entremeio, as sanções internacionais ao país podem voltar, dependendo apenas de uma aprovação dos Estados Unidos.

Com a última recertificação pendente e esta pouco provável de ser assinada, já na segunda-feira os Estados Unidos podem voltar a impor sanções econômicas sobre o Irã.

Trump é um famoso opositor do acordo e chegou a afirmar que o trato firmado com Terã  foi “a pior negociação já feita na história”.

O governo americano acusa o Irã de dar suporte a organizações terroristas e de não parar seu programa de mísseis balísticos — tecnicamente atitudes que não estavam previstas como obrigações no acordo nuclear.

As manifestações recentes contra o governo no país, que deixaram 22 mortos e 1.000 presos, também agravam o caso, na visão dos americanos.

A ONU é a favor da manutenção do acordo, bem como outros países signatários, como Alemanha, França e Grã-Bretanha.

Tudo indica que o acordo deve ser anulado, ou, na melhor das hipóteses, refeito. Segundo o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, a administração está trabalhando com legisladores para reformar o acordo junto ao Congresso.

O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu, no entanto, já avisou a embaixadores da OTAN, a organização militar do ocidente, que há a “possibilidade real” de que Trump anule o tratado, caso ele não possa ser arrumado.

A reimposição de sanções em decorrência do abandono do acordo pode ser devastadora para a economia do Irã e aumentar ainda mais a pressão sobre o governo local, gerando nova onda de instabilidade na região.

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