Seul - A Junta de Auditoria e Inspeção da Coreia do Sul, que está investigando o acidente da barca Sewol que deixou em 304 mortos em abril, atribuiu nesta terça-feira o incidente em parte à negligência e à corrupção de organismos públicos, e anunciou ações legais contra 11 funcionários.
A frouxidão da legislação e os controles governamentais, as decisões judiciais na hora de tramitar o desastre e a corrupção de alguns funcionários contribuíram decisivamente para o acidente e suas trágicas consequências, divulgou hoje a Junta nos resultados provisórios de sua investigação.
O organismo anunciou que enviou à promotoria relatórios com os indícios de corrupção de 11 funcionários do governo e cogita mover ações legais contra outros 40 trabalhadores públicos que poderiam ter tido alguma responsabilidade no acidente.
Segundo os resultados provisórios da investigação, a administração portuária de Incheon forneceu de forma irregular a licença de navegação da barca, enquanto o organismo governamental encarregado de garantir a segurança dos navios não praticou os controles adequados.
Por sua vez, a Associação de Transporte Marítimo da Coreia, que avalia a segurança no porto, não detectou que a embarcação estava sobrecarregada nem que as mercadorias não estavam adequadamente presas em seu interior antes que zarpasse.
A Junta acusou a Guarda Costeira sul-coreana, ainda, de não manter uma comunicação adequada com a Sewol e emitir ordens de resgate equivocadas, o que teria levado a perder um tempo crucial na operação, na qual apenas 172 pessoas puderam ser salvas das 476 que estavam a bordo.
As conclusões provisórias divulgadas hoje são as primeiras da investigação centrada na responsabilidade das instituições públicas no acidente do ferri.
Paralelamente está acontecendo um julgamento no qual o capitão e os membros da tripulação sobreviventes são acusados de fugir do barco e abandonar os passageiros.
Enquanto isso, o resgate dos últimos 11 corpos de vítimas do naufrágio nas águas a sudoeste do país está suspenso pelo mau tempo.
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1. Vidas perdidas
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1/16 (KIM HONG-JI/Reuters)
São Paulo - Caso os 291 desaparecidos estejam mortos, pode chegar perto de 300 o número de vítimas fatais no naufrágio da balsa Sewoe. A
embarcação levava 459 pessoas quando afundou na costa meridional da
Coreia do Sul. A seguir, veja outras
tragédias no mar que causaram grande perda de vidas.
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2. SS General Slocum
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2/16 (Domínio Público)
Era 15 de junho de 1904 quando a embarcação SS General Slocum afundou em Nova York com 1342 pessoas à bordo. O naufrágio se deveu a um incêndio na embarcação e causou 1021 mortes.
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3. Titanic
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3/16 (Wikimedia Commons)
Um dos naufrágios mais famosos de todos os tempos, o Titanic afundou durante viagem inaugural quando próximo à província de Newfoundland, no Canadá em 15 de abril de 1912. Das 2.228 pessoas à bordo, 1.523 morreram.
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4. The Empress of Ireland
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4/16 (Domínio Público)
O choque com um cargueiro norueguês causou o naufrágio do The Empress of Ireland em 29 de maio de 1914. O desastre aconteceu no rio São Lourenço, no Canadá. Nele, 1.102 das 1.477 pessoas à bordo teriam morrido.
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5. RMS Lusitania
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5/16 (Domínio Público)
Era 7 de maio de 1915. Na Irlanda, o RMS Lusitania é torpedeado por alemães e afunda em 18 minutos com 2.198 pessoas à bordo. O naufrágio do navio de contrabando causou 1.198 mortes.
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6. SS Eastland
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6/16 (Domínio Público)
Com mais 2.500 pessoas à bordo, o SS Eastland não chegou a terminar mais um de seus passeios turísticos em Chicago, nos Estados Unidos. Morreram 800 pessoas na tragédia, que aconteceu em 24 de julho de 1915.
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7. Royal Edward
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7/16 (Domínio Público)
Dois torpedos alemães atingiram em 13 de agosto de 1915 a embarcação Royal Edward, que levava 1.587 pessoas à bordo. O naufrágio matou 935 passageiros e aconteceu a 11 km de Kandeliusa, no Mar Egeu.
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8. SS Hong Moh
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8/16 (China Photos/Getty Images)
O SS Hong Moh navegava pelo sul da China em 3 de março de 1921 quando se chocou com pedras, partindo-se em dois e terminando por afundar. Quando o resgate chegou, três dias após a colisão, encontrou quase todos os 1000 passageiros já mortos.
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9. SS Kiangya
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9/16 (Domínio Público)
Uma explosão causou o naufrágio da embarcação do SS Kiangya em 4 de dezembro de 1948. Oficialmente, havia 2.150 pessoas à bordo - mas imagina-se que até 4 mil pessoas possam ter morrido no acidente.
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10. Novorossiysk
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10/16 (Esg/Wikimedia)
Principal embarcação da esquadra soviética no mar Negro, o Novorossiyk afundou em 29 de outubro de 1955. No desastre, as 609 pessoas que estavam à bordo morreram.
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11. Salem Express
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11/16 (Destroços do navio Salem Express)
Quem estava no porto de Safaga em 15 de dezembro de 1991 viu o Salem Express naufragar após colidir com o recife de Hyndman. Dos 690 pessoas na embarcação, 464 morreram.
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12. Estonia
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12/16 (Domínio Público)
Quando o navio Estonia afundou em 28 de setembro de 1994, 852 das 989 pessoas à bordo morreram. A tragédia aconteceu nas proximidades da Ilha de Utoe, na Finlândia.
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13. MV Bukoba
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13/16 (Domínio Público)
O MV Buboka tinha capacidade para 430 pessoas. Em 21 de maio de 1996, quando afundou, levava 800 à bordo. A maioria delas morreu no desastre, que aconteceu no lago Victoria, na Tanzânia.
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14. Al Salam Bocaccio 98
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14/16 (sky#walker/Wikimedia)
Tendo partido de Duba, na Arábia Saudita, o Al Salam Bocaccio afundou a 90 km de Safaga, no Egito, em 3 de fevereiro de 2006 - causando 1.206 mortes. A embarcação levava 1.414 pessoas à bordo.
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15. Princess of the Stars
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15/16 (Domínio Público)
Levando carga e 825 pessoas à bordo, o Princess of the Stars afundou em 21 de junho de 2008 perto da província de Romblon, nas Filipinas. O acidente causou 773 mortes.
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16. Agora, veja o resgate do Sewoe
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16/16 (KIM HONG-JI/Reuters)