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Orçamento de 2025 de Biden mostra profundas diferenças com republicanos

Presidente ressalta o crescimento da economia, aumento dos salários e queda da inflação como vantagens para sua reeleição

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Daniel Avis/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 11 de março de 2024 às 21h07.

O ambicioso orçamento de 2025 do presidente Joe Biden , publicado nesta segunda-feira, 11, é um reflexo das prioridades de sua administração e das profundas divisões entre democratas e republicanos antes da muito provável reedição de sua disputa com Donald Trump pela Casa Branca.

A publicação ocorre após o discurso de Biden sobre o estado da União, no qual ele apresentou ao Congresso - cuja Câmara dos Representantes é controlada pela oposição - as realizações de seu governo em termos econômicos. A mais importante: "Quase 15 milhões de empregos criados até agora", um "recorde".

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O crescimento é robusto, os salários estão subindo e a inflação está baixa, resumiu o presidente, que busca a reeleição aos 81 anos.

Estes são os pontos principais do orçamento de 2025 de Joe Biden, uma iniciativa com poucas chances de ser aprovada pelo Legislativo em sua forma atual.

O que o orçamento inclui?

O texto incorpora uma série de medidas propostas sem sucesso, incluindo um imposto mínimo de 25% sobre os americanos mais ricos e um aumento dos impostos sobre empresas de 21% para 28% da renda.

Além disso, traz planos para fortalecer os gastos sociais, como a concessão de créditos fiscais por criança, uma medida muito popular. Também prevê investimentos de cerca de US$ 260 bilhões (R$ 1,3 trilhão) para "construir ou preservar" cerca de dois milhões de moradias, segundo declaração da Casa Branca.

O orçamento também reserva US$ 23 bilhões (R$ 114,47 bilhões) para gastos em "adaptação climática" para enfrentar "a crescente gravidade das inundações, incêndios, secas e outros eventos climáticos extremos causados pelas mudanças climáticas".

"A visão de progresso, oportunidades e justiça social do presidente contrasta com a dos republicanos no Congresso, que repetidamente lutaram para cortar programas críticos para o povo americano", afirmou a diretora de Orçamento da Casa Branca, Shalanda Young, a repórteres nesta segunda-feira.

Em linha com as propostas do presidente Biden, o orçamento de 2025 garante que aqueles que ganham "menos de US$ 400 mil [R$ 1,99 milhão]" por ano "não pagarão nem um centavo a mais em impostos", especificou Young.

O que acontece com o déficit?

O orçamento tem como objetivo reduzir o déficit fiscal em US$ 3 trilhões (R$ 14,9 trilhões) na próxima década.

Esses cortes poderiam ser compensados aumentando os impostos sobre os ricos e as empresas, entre outras medidas incluídas na iniciativa orçamentária que afetariam os interesses de grandes farmacêuticas e petrolíferas, por exemplo, explicou o governo.

Embora essas propostas sejam aplaudidas pela base do Partido Democrata, também são rejeitadas pelos republicanos do Congresso, bem como pelos democratas moderados e independentes do Legislativo, mostrando o desafio enfrentado pela Casa Branca para aprovar um projeto de lei orçamentária.

Quais são as chances de o projeto ser aprovado?

O Congresso está longe de aprovar algo semelhante a essa proposta até o final deste ano fiscal, em 30 de setembro, considerando que nem mesmo o atual orçamento foi completamente aprovado.

Este confronto permanente levou a vários episódios de quase paralisia do governo federal por falta de fundos nos últimos meses, todos resolvidos no último minuto.

Com as eleições chegando, as divisões entre os dois partidos só vão aumentar.

Consequentemente, a proposta de orçamento publicada nesta segunda-feira deve ser lida mais como uma lista de desejos da política progressista destinada a alimentar a campanha eleitoral do que como um plano sério para obter fundos do governo.

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