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Opositores venezuelanos protestam contra ofensiva de Maduro

O líder da oposição, Juan Guaidó, participa das manifestações em repudio à ofensiva de Maduro contra o Parlamento

Venezuela: na última semana, um deputado da oposição foi preso, três se refugiaram em sedes diplomáticas e outro fugiu para a Colômbia (/Manaure Quintero/Reuters)

Venezuela: na última semana, um deputado da oposição foi preso, três se refugiaram em sedes diplomáticas e outro fugiu para a Colômbia (/Manaure Quintero/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de maio de 2019 às 14h53.

Última atualização em 11 de maio de 2019 às 14h54.

Os partidários de Juan Guaidó começaram a se concentrar neste sábado (11) em um protesto nacional devido à investida do governo contra o Parlamento opositor, após o fracasso de uma rebelião militar que tentava tirar o presidente venezuelano Nicolás Maduro do poder.

Centenas de pessoas se reuniam na praça Alfredo Sadel, no leste de Caracas, região de maioria opositora, por volta de 15h30 GMT (12h30 de Brasília).

Também foram convocadas manifestações em diversas cidades do país, em um teste do nível de mobilização dos opositores depois do levante fracassado de 30 de abril, que provocou uma ofensiva do governo: um deputado foi preso, três se refugiaram em sedes diplomáticas e outro fugiu para a Colômbia.

"Vim em apoio aos deputados da Assembleia Nacional, que está sendo destruída, estão dissolvendo ela", afirmou em Caracas à AFP Daisy Montilla, de 69 anos, com a bandeira da venezuela nas costas.

"É uma ofensiva forte demais", opinou Alexander Mendoza, comerciante de 30 anos, integrante de um grupo que carregava uma bandeira da Venezuela e outra americana. "O que peço aos Estados Unidos é que nos apoiem para que se restabeleça a democracia".

Segundo sua equipe de imprensa, Guaidó - líder parlamentar, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países - comparecerá aos protestos. Ele se mantém na disputa pelo poder com Maduro há três meses e meio, em meio à mais grave crise econômica e social da potência petroleira em sua história recente.

Desde que se autoproclamou presidente interino, em 23 de janeiro, após o Parlamento ter declarado a reeleição do líder socialista ilegítima, o engenheiro industrial de 35 anos liderou manifestação e pediu para os militares abandonarem Maduro, para fazer uma transição e "eleições livres".

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