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Oposição síria vai crescer e se organizar, diz líder

O dirigente do Conselho Nacional Sírio, Abdulbaset Sieda, disse que as mudanças incluem a convocação de um grupo mais amplo de ativistas para que elejam o sucessor dele


	Rebeldes armados na Síria: oposição a Assad inclui membros da maioria árabe e da minoria curda
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Rebeldes armados na Síria: oposição a Assad inclui membros da maioria árabe e da minoria curda (AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 21h19.

Estocolmo - O principal órgão da oposição síria vai se ampliar para incluir mais grupos envolvidos na luta contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, numa reorganização destinada a torná-lo mais representativo e eficaz, disse seu líder nesta sexta-feira.

O dirigente do Conselho Nacional Sírio, Abdulbaset Sieda, disse que as mudanças incluem a convocação de um grupo mais amplo de ativistas para que elejam o sucessor dele.

Sieda estava respondendo a críticas feitas pela influente ativista Basma Kodmani, que rompeu com o CNS na terça-feira, acusando-o de ser incapaz de unificar a oposição síria.

"Às vezes, as coisas não funcionam como a gente quer, mas estamos tentando, por meio de uma reestruturação do CNS, melhorar a situação", disse Sieda à Reuters durante uma reunião da liderança do grupo em Estocolmo. "Ele será maior, e o número de grupos irá crescer ... Ele será mais representativo." O CNS é formado principalmente por grupos políticos no exílio. São comuns divergências entre esses grupos e deles com os combatentes rebeldes que agem dentro da Síria, como o Exército Sírio Livre, formado por militares desertores.


A oposição a Assad inclui membros da maioria árabe e da minoria curda; seguidores do islamismo sunita, que é majoritário na Síria, e de seitas minoritárias; ativistas islâmicos e figuras laicas; exilados políticos e pessoas que preferiram ficar na Síria ou voltar para lá a fim de lutar contra o regime.

Sieda disse que o CNS vai eleger seu próximo líder numa votação da sua assembleia geral, e não mais por indicação do secretariado-geral, composto por menos integrantes.

"Não somos passivos, trabalhamos o tempo todo. O problema é que não se pode conseguir fazer tudo", disse Sieda, um professor de origem curda, que vive há 18 anos na Suécia.

"Temos diálogo com vários grupos no terreno, como os militares, com os grupos juvenis, com outros grupos na oposição", acrescentou Sieda, que dirige o CNS há três meses e disse que não buscará prorrogar seu mandato.

Sieda previu que Assad cairá em questão de meses, e disse que o líder sírio deveria ser julgado por crimes contra a humanidade, seja na própria Síria ou no Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda.

Ele afirmou que o CNS é favorável a uma Síria laica e democrática, com respeito aos direitos das minorias, e na qual o poder seja descentralizado. Esse objetivo seria alcançado pela instauração de um governo transitório com a participação do CNS, acrescentou.

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