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Oposição síria rejeita ajuda russa contra o Estado Islâmico

Moscou iniciou uma campanha aérea na Síria, indicando que visava a atingir o Estado Islâmico, mas rebeldes moderados dizem ter sido alvo dos ataques aéreos.


	Síria: conflito no país matou mais de 250.000 pessoas desde 2011
 (Molhem Barakat /Reuters)

Síria: conflito no país matou mais de 250.000 pessoas desde 2011 (Molhem Barakat /Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2015 às 15h09.

A oposição síria apoiada pelo Ocidente rejeitou a proposta russa de lhes dar apoio aéreo contra o grupo radical Estado Islâmico. “A Rússia está bombardeando o Exército Sírio Livre e agora quer cooperar conosco, enquanto continua comprometida com [o presidente sírio Bashar al] Assad? Não entendemos a Rússia”, disse o tenente-coronel Ahmad Saoud, porta-voz da Divisão 13 do grupo rebelde.

Moscou iniciou uma campanha aérea na Síria no dia 30 de setembro, indicando que visava a atingir o Estado Islâmico, mas rebeldes moderados dizem ter sido alvo dos ataques aéreos russos, e que as operações militares pretendem apoiar Assad, mais do que erradicar mais o sangrento grupo terrorista islâmico, o autodenominado Estado Islâmico.

Samir Nashar, membro da Coligação Nacional Síria, principal órgão político da oposição, rejeitou igualmente uma aliança entre os rebeldes moderados e a Rússia. “Em vez de falarem da sua vontade de apoiar a oposição, deviam deixar de a bombardear”, declarou à agência France Presse, adiantando: “Oito por cento dos ataques aéreos da Rússia têm como alvo nosso grupo”.

Em uma entrevista à cadeia televisiva Rossiia 1, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse hoje que a força aérea russa está disposta “a apoiar também a oposição patriótica, incluindo o designado Exército Sírio Livre, a partir do ar”. “O principal para nós é aproximar as pessoas que podem, com autoridade plena, representá-los e representar os grupos armados que combatem o terrorismo”, disse o chefe da diplomacia russa.

O conflito na Síria matou mais de 250.000 pessoas desde 2011.

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