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Oposição síria denuncia plano contra crise feito pelo Irã

Segundo os rebeldes, a iniciativa é uma tentativa desesperada de salvar o regime de Bashar al-Assad


	Rebeldes defendem posto em Maaret Al-Numan durante conflitos contra as forças do regime: a oposição rejeita qualquer diálogo com o governo e exige a partida de Assad (John Cantlie/AFP)

Rebeldes defendem posto em Maaret Al-Numan durante conflitos contra as forças do regime: a oposição rejeita qualquer diálogo com o governo e exige a partida de Assad (John Cantlie/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 10h21.

Beirute - O principal grupo de oposição da Síria denunciou nesta sexta-feira a iniciativa do Irã para acabar com o conflito no país, considerando que é uma tentativa desesperada de salvar o regime de Bashar al-Assad.

"Enquanto as forças livres do povo sírio acumulam decisivas vitórias políticas e militares, o regime e seus aliados continuam a lançar iniciativas políticas ultrapassadas", indicou em um comunicado a Coalizão Nacional.

"A iniciativa iraniana é um exemplo de uma tentativa desesperada de impedir que o navio do regime de Assad afunde", prossegue o texto.

O Irã, o mais poderoso aliado regional de Damasco, apresentou no domingo detalhes de um plano para acabar com a crise na Síria, que prevê "o fim imediato da violência e das ações militares, sob a supervisão da ONU".

O plano evoca ainda o "estabelecimento de um diálogo (...) para formar um comitê de reconciliação para estabelecer um governo de transição".

A oposição rejeita qualquer diálogo com o governo e exige a partida de Assad.

A iniciativa "pretende se preocupar com as vidas, com a unidade e independência do povo sírio", mas "se o regime iraniano fosse sincero (...) iria ajudar o povo sírio a atender suas demandas", considerou a Coalizão Nacional.

Teerã "pode alcançar este objetivo acabando com o apoio político, econômico e militar ao regime de Assad, e pressionando a deixar o poder o mais rápido possível", acrescentou o grupo de oposição. Ele apela ao Irã para "considerar seriamente o futuro das relações entre o povo sírio e iraniano, enquanto o regime que ele apoia está em colapso."

Desde o início, em março de 2011, de uma revolta popular que se transformou em guerra civil, mais de 43 mil pessoas foram mortas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma rede de militantes e fontes médicas.

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