Oposição síria denuncia 'massacres' antes da chegada de observadores
Segundo militantes, a terça-feira foi um dos dias mais sangrentos desde o começo da revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad, em meados de março
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 20h11.
Damasco - A oposição na Síria pediu nesta quarta-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da Liga Árabe, após denunciar a morte de centenas de pessoas nas últimas 48 horas, "massacradas" pelo regime, um dia antes da chegada de observadores árabes ao país.
Com 123 civis mortos, segundo militantes, a terça-feira foi um dos dias mais sangrentos desde o começo da revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad, em meados de março.
Nesta quarta-feira, 22 pessoas morreram em confrontos na província de Daraa (sul), berço da revolta popular iniciada nove meses atrás contra o regime, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Vinte e duas pessoas - sendo seis desertores, um civil e quinze membros das forças de segurança - morreram e dezenas de civis foram feridos em suas casas, alguns deles com gravidade, durante os enfrentamentos e por causa dos disparos de metralhadoras pesadas na cidade de Dael, na província de Daraa".
Segundo a ONU, a repressão à revolta popular já causou mais de 5 mil vítimas fatais.
A escalada da violência ocorre na véspera da chegada à Síria da missão de observadores árabes para avaliar a situação e tentar deter o derramamento de sangue.
O Conselho Nacional Sírio (CNS) pediu ao Conselho de Segurança que declare "zonas de segurança" as aldeias e cidades atacadas para que possam ficar sob uma proteção internacional, obrigando o regime a sair destas áreas.
O CSN fala em "genocídio em grande escala" e pede uma ação urgente das agências humanitárias.
Diante das denuncias, o governo em Damasco acusa a oposição de sabotar a missão de observadores da Liga Árabe.
"Após a Síria assinar o protocolo (do plano árabe), o governo está plenamente comprometido a facilitar a missão da Liga Árabe, que precisa conhecer a realidade da crise", disse à AFP Jihad Makdissi, porta-voz da chancelaria síria.
"A oposição síria trata de sabotar o processo propondo uma intervenção estrangeira em vez de aceitar a proposta de diálogo".
As monarquias do Golfo, que lideram a iniciativa árabe para superar a crise, exigiram o fim imediato da repressão e a libertação dos manifestantes presos antes da chegada dos observadores.
"Uma equipe liderada por Samir Seif al Yazal (vice-secretário-geral da Liga) viajará a Damasco na quinta-feira", declarou no Cairo Ahmed Ben Helli, número dois da organização.
O plano da Liga Árabe para a Síria contempla a suspensão da repressão, a libertação dos detidos durante as manifestações e a retirada das tropas das cidades.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, se disse "extremamente preocupado" nesta quarta-feira com o aumento da violência na Síria, e pediu ao governo em Damasco que "coopere plenamente" na aplicação do plano da Liga Árabe para superar a crise.
Ban "continua extremamente preocupado com a escalada da crise e com o aumento do número de mortos na Síria. Como já dissemos em várias oportunidades, a violência e os massacres devem cessar", declarou o porta-voz Martin Nesirky.
"É importante que o governo sírio coopere plenamente com esta missão de observadores".
Damasco - A oposição na Síria pediu nesta quarta-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da Liga Árabe, após denunciar a morte de centenas de pessoas nas últimas 48 horas, "massacradas" pelo regime, um dia antes da chegada de observadores árabes ao país.
Com 123 civis mortos, segundo militantes, a terça-feira foi um dos dias mais sangrentos desde o começo da revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad, em meados de março.
Nesta quarta-feira, 22 pessoas morreram em confrontos na província de Daraa (sul), berço da revolta popular iniciada nove meses atrás contra o regime, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Vinte e duas pessoas - sendo seis desertores, um civil e quinze membros das forças de segurança - morreram e dezenas de civis foram feridos em suas casas, alguns deles com gravidade, durante os enfrentamentos e por causa dos disparos de metralhadoras pesadas na cidade de Dael, na província de Daraa".
Segundo a ONU, a repressão à revolta popular já causou mais de 5 mil vítimas fatais.
A escalada da violência ocorre na véspera da chegada à Síria da missão de observadores árabes para avaliar a situação e tentar deter o derramamento de sangue.
O Conselho Nacional Sírio (CNS) pediu ao Conselho de Segurança que declare "zonas de segurança" as aldeias e cidades atacadas para que possam ficar sob uma proteção internacional, obrigando o regime a sair destas áreas.
O CSN fala em "genocídio em grande escala" e pede uma ação urgente das agências humanitárias.
Diante das denuncias, o governo em Damasco acusa a oposição de sabotar a missão de observadores da Liga Árabe.
"Após a Síria assinar o protocolo (do plano árabe), o governo está plenamente comprometido a facilitar a missão da Liga Árabe, que precisa conhecer a realidade da crise", disse à AFP Jihad Makdissi, porta-voz da chancelaria síria.
"A oposição síria trata de sabotar o processo propondo uma intervenção estrangeira em vez de aceitar a proposta de diálogo".
As monarquias do Golfo, que lideram a iniciativa árabe para superar a crise, exigiram o fim imediato da repressão e a libertação dos manifestantes presos antes da chegada dos observadores.
"Uma equipe liderada por Samir Seif al Yazal (vice-secretário-geral da Liga) viajará a Damasco na quinta-feira", declarou no Cairo Ahmed Ben Helli, número dois da organização.
O plano da Liga Árabe para a Síria contempla a suspensão da repressão, a libertação dos detidos durante as manifestações e a retirada das tropas das cidades.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, se disse "extremamente preocupado" nesta quarta-feira com o aumento da violência na Síria, e pediu ao governo em Damasco que "coopere plenamente" na aplicação do plano da Liga Árabe para superar a crise.
Ban "continua extremamente preocupado com a escalada da crise e com o aumento do número de mortos na Síria. Como já dissemos em várias oportunidades, a violência e os massacres devem cessar", declarou o porta-voz Martin Nesirky.
"É importante que o governo sírio coopere plenamente com esta missão de observadores".