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Oposição denuncia detenção de dois prefeitos na Venezuela

Os prefeitos Orlando Hernández, do município Mellado, e Pedro Loreto, de Leonardo Infante, ambos do estado de Guárico, foram detidos nesta madrugada


	Henrique Capriles: o opositor sustenta que o governo de Nicolás Maduro "tem medo da jornada pacífica do povo"
 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Henrique Capriles: o opositor sustenta que o governo de Nicolás Maduro "tem medo da jornada pacífica do povo" (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2016 às 13h53.

Caracas - O ex-candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta quinta-feira a detenção de dois prefeitos opositores do estado de Guárico pelos serviços de inteligência venezuelano (SEBIN), apreensões que se somam a uma lista de opositores detidos nesta semana.

Os prefeitos Orlando Hernández, do município Mellado, e Pedro Loreto, de Leonardo Infante, ambos do estado de Guárico, foram detidos nesta madrugada, disse o também governador do estado de Miranda em entrevista à emissora local "Circuito Éxitos".

O opositor sustenta que o governo de Nicolás Maduro "tem medo da jornada pacífica do povo", em referência à manifestação opositora que se realizará hoje na capital venezuelana denominada "A tomada de Caracas". Até o momento, as autoridades não confirmaram nem desmentiram estas detenções.

O governo venezuelano vem denunciado supostos planos golpistas relacionados a esta manifestação e na última semana praticou várias detenções que os opositores tacham de "perseguição política".

O partido Primeiro Justiça (PJ) denunciou ontem a detenção de 11 militantes que se dirigiam do estado de Anzoátegui para comparecerem passeata de amanhã, e que foram detidos pela Guarda Nacional Bolivariana.

Também foram detidos os dirigentes opositores Yon Goicoechea e Carlos Melo pela suposta posse de material explosivo. O próprio Maduro declarou ontem que as forças de segurança do Estado iniciaram a busca de vários dirigentes opositores por estarem supostamente envolvidos em planos violentos e desestabilizadores contra o governo.

Estes opositores pretendiam, segundo Maduro, colocar explosivos "para massacrar sua própria gente" e vestir com uniformes das forças de segurança assassinos de aluguel "pagos por eles para buscarem mortes nas ruas de Caracas". 

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