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Oposição de Portugal apoia pedido de ajuda externa

Principal partido da oposição, PSD anunciou que irá trabalhar com a UE para garantir ajuda ao país; partidos de esquerda criticaram o pedido

Protestos em Portugal: apesar do apoio dos principais partidos, também houve reclamação contra o pedido de ajuda (Patricia de Melo Moreira/AFP)

Protestos em Portugal: apesar do apoio dos principais partidos, também houve reclamação contra o pedido de ajuda (Patricia de Melo Moreira/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 18h28.

Lisboa - A principal legenda opositora de Portugal, o Partido Social Democrata (PSD, centro-direita), anunciou nesta quarta-feira que apoiará o Governo socialista interino no pedido de ajuda financeira à União Europa (UE) porque se trata de "uma medida de apoio" que contribui para a segurança nacional.

Em declaração à imprensa, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou tardia a solicitação de ajuda.

"O pedido de ajuda que foi realizado hoje não deve ser encarado pelo país como o fim do mundo ou um ato de desespero e sim como um primeiro passo para não ocultar a realidade e enfrentar nossos problemas com dignidade", justificou o líder do partido.

O primeiro-ministro de Portugal, o socialista José Sócrates, confirmou nesta quarta-feira o envio à Comissão Europeia (órgão executivo da UE) de um pedido de ajuda para superar a grave situação financeira do país.

O dirigente conservador assinalou que "fará tudo o possível" para facilitar a negociação com a UE com o objetivo de conseguir "um marco digno de ajuda" para Portugal até a formação de um novo Governo nas eleições antecipadas de 5 de junho.

Os grupos da esquerda marxistas com representação na Assembleia se opuseram ao pedido de auxílio porque, segundo ele, "afundará o país na recessão" e exigirá uma dose extra de sacrifícios dos portugueses.

O líder parlamentar do Partido Comunista Português, Bernardino Soares, qualificou a decisão como de "máxima gravidade" pelas consequências que terá, enquanto o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, assegurou que o Executivo socialista desistiu dos portugueses.

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