Exame Logo

Oposição apresentará amanhã moção de censura ao governo

Opositores apresentarão moção de censura ao governo, pela renúncia ao Acordo de Associação com a União Europeia e a repressão aos protestos populares

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 12h58.

Kiev - Os grupos parlamentares opositores apresentarão nesta terça-feira na Rada Suprema (Parlamento da Ucrânia ) uma moção de censura ao governo liderado pelo primeiro-ministro, Mykola Azarov, pela renúncia ao Acordo de Associação com a União Europeia (UE) e a repressão aos protestos populares.

"A moção de censura deve ser o primeiro ponto da ordem do dia", disse hoje o líder do grupo parlamentar do partido opositor Batkivschina (Pátria), Arseni Yatseniuk, em reunião do Conselho de Conciliação do Legislativo, que contou com a presença do primeiro vice-primeiro-ministro, Serguei Arbuzov.

O presidente da Rada, Vladimir Ribak, afirmou que todas as propostas apresentadas na reunião de hoje serão abordadas na sessão plenária de amanhã.

"Tanto a maioria como a oposição têm posturas definidas e amanhã poderão discutir na plenária da Rada", disse Ribakcitado pela imprensa local.

O presidente do Parlamento ressaltou a necessidade de "evitar ações radicais".

Segundo Ribak, o Legislativo deve propor ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, uma "visão pactuada de como sair da crise de modo civilizado".


Por sua vez, o número dois do governo declarou que o Gabinete de Ministros está disposto a continuar trabalhando, "inclusive em condições tão difíceis como as de agora".

"Estou aqui para mostrar que o governo trabalha, que o governo está em seu posto e cumpre suas funções", disse Arbuzov.

"Se os deputados não apóiam a destituição do Gabinete de Ministros significará que respaldam as surras aos estudantes, significará que respaldam o que ocorreu ontem à noite", disse Yatseniuk à imprensa na saída da reunião do Conselho de Conciliação.

O governo da Ucrânia negou que estude implantar o estado de exceção no país devido aos protestos da oposição e os violentos enfrentamentos de ontem em Kiev, que deixaram quase 200 feridos hospitalizados, entre policiais e manifestantes.

No começo da manhã de hoje os opositores bloquearam todos os acessos à sede do governo ucraniano, por isso os funcionários não puderam chegar aos seus escritórios.

Milhares de manifestantes passaram a noite na Praça da Independência, onde levantaram barricadas para impedir uma eventual tentativa de despejo pela polícia.

Segundo a prefeitura de Kiev, 190 pessoas foram hospitalizadas depois dos violentos enfrentamentos registrados ontem junto ao complexo de edifícios governamentais.

A oposição denunciou que os ataques foram realizados por grupos de provocadores a fim de dar pretexto para as autoridades reprimirem os protestos pacíficos, que na véspera reuniram até meio milhão de pessoas no centro de Kiev.

A concentração de ontem foi o maior ato desde o início dos protestos contra a decisão do governo ucraniano de renunciar assinar o Acordo de Associação com a União Europeia.

Veja também

Kiev - Os grupos parlamentares opositores apresentarão nesta terça-feira na Rada Suprema (Parlamento da Ucrânia ) uma moção de censura ao governo liderado pelo primeiro-ministro, Mykola Azarov, pela renúncia ao Acordo de Associação com a União Europeia (UE) e a repressão aos protestos populares.

"A moção de censura deve ser o primeiro ponto da ordem do dia", disse hoje o líder do grupo parlamentar do partido opositor Batkivschina (Pátria), Arseni Yatseniuk, em reunião do Conselho de Conciliação do Legislativo, que contou com a presença do primeiro vice-primeiro-ministro, Serguei Arbuzov.

O presidente da Rada, Vladimir Ribak, afirmou que todas as propostas apresentadas na reunião de hoje serão abordadas na sessão plenária de amanhã.

"Tanto a maioria como a oposição têm posturas definidas e amanhã poderão discutir na plenária da Rada", disse Ribakcitado pela imprensa local.

O presidente do Parlamento ressaltou a necessidade de "evitar ações radicais".

Segundo Ribak, o Legislativo deve propor ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, uma "visão pactuada de como sair da crise de modo civilizado".


Por sua vez, o número dois do governo declarou que o Gabinete de Ministros está disposto a continuar trabalhando, "inclusive em condições tão difíceis como as de agora".

"Estou aqui para mostrar que o governo trabalha, que o governo está em seu posto e cumpre suas funções", disse Arbuzov.

"Se os deputados não apóiam a destituição do Gabinete de Ministros significará que respaldam as surras aos estudantes, significará que respaldam o que ocorreu ontem à noite", disse Yatseniuk à imprensa na saída da reunião do Conselho de Conciliação.

O governo da Ucrânia negou que estude implantar o estado de exceção no país devido aos protestos da oposição e os violentos enfrentamentos de ontem em Kiev, que deixaram quase 200 feridos hospitalizados, entre policiais e manifestantes.

No começo da manhã de hoje os opositores bloquearam todos os acessos à sede do governo ucraniano, por isso os funcionários não puderam chegar aos seus escritórios.

Milhares de manifestantes passaram a noite na Praça da Independência, onde levantaram barricadas para impedir uma eventual tentativa de despejo pela polícia.

Segundo a prefeitura de Kiev, 190 pessoas foram hospitalizadas depois dos violentos enfrentamentos registrados ontem junto ao complexo de edifícios governamentais.

A oposição denunciou que os ataques foram realizados por grupos de provocadores a fim de dar pretexto para as autoridades reprimirem os protestos pacíficos, que na véspera reuniram até meio milhão de pessoas no centro de Kiev.

A concentração de ontem foi o maior ato desde o início dos protestos contra a decisão do governo ucraniano de renunciar assinar o Acordo de Associação com a União Europeia.

Acompanhe tudo sobre:EuropaProtestosProtestos no mundoUcrâniaUnião EuropeiaViolência policial

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame