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Oposição apresenta moção de cassação contra presidente do Peru

A moção é a segunda apresentada em três meses contra o presidente Pedro Pablo Kuczynski

O pedido de destituição requer o voto de 87 dos 130 legisladores (Charles Platiau/Reuters)

O pedido de destituição requer o voto de 87 dos 130 legisladores (Charles Platiau/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de março de 2018 às 14h13.

Lima - Congressistas da oposição apresentaram nesta quinta-feira uma moção de cassação contra o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, por permanente incapacidade moral, por conta dos seus supostos vínculos com a Odebrecht.

A moção tem 28 assinaturas de apoio, duas a mais que o mínimo requerido, de legisladores do Força Popular, Frente Ampla, Novo Peru, Aliança para o Progresso, Partido Aprista e independentes.

Trata-se da segunda moção de destituição apresentada em três meses, dado que o Congresso debateu em dezembro do ano passado um primeiro pedido igualmente pelos vínculos de Kuczynski com a construtora brasileira, da qual o presidente se salvou graças à abstenção de dez legisladores do fujimorismo.

A admissão da moção será votada no plenário e posteriormente se fixará outra sessão para seu debate e votação.

O pedido de destituição requer o voto de 87 legisladores, de um total de 130, para ser aprovado e o convocado a assumir o Executivo seria o primeiro vice-presidente, Martín Vizcarra, atual embaixador do Peru no Canadá.

O legislador César Villanueva, do Aliança para o Progresso, disse em entrevista coletiva que Força Popular decidiu por unanimidade apoiar a apresentação e a admissão para debate da moção de cassação.

Até ontem, Villanueva tinha 24 das 26 assinaturas requeridas para apresentar a moção, mas o Força Popular, da ex-candidata presidencial Keiko Fujimori, decidiu na madrugada de hoje apoiar a iniciativa.

Por sua vez, a primeira-ministra, Mercedes Aráoz, acusou a oposição de provocar "uma espécie de golpe de Estado" e gerar instabilidade com a apresentação da moção.

No entanto, a legisladora María Elena Foronda, da Frente Ampla, respondeu a Aráoz que estão exercendo seu direito de fiscalização, pois consideram que Kuczynski "não nos representa moralmente".

Kuczynski declarou ontem que não vai renunciar ao cargo e que não há nenhuma justificativa para sua destituição.

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