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Oposição anuncia que vai boicotar eleição na Tailândia

Partido Democrático, principal força da oposição na Tailândia, pressiona para a renúncia imediata do governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra

 Abhisit Vejjajiva durante discurso hoje: segundo ele, a democracia no país tem sido manipulada por grupos poderosos (Reuters)

Abhisit Vejjajiva durante discurso hoje: segundo ele, a democracia no país tem sido manipulada por grupos poderosos (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2013 às 09h32.

Bangcoc - O Partido Democrático, principal força da oposição na Tailândia, anunciou neste sábado que vai boicotar as eleições antecipadas marcadas para 2 de fevereiro. O grupo pressiona para a renúncia imediata do governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.

"A reunião dos executivos e ex-legisladores do partido resolveu que nós não vamos enviar candidatos para disputar as eleições de 2 de fevereiro de 2014", disse o líder do Partido Democrático, Abhisit Vejjajiva. Segundo ele, a democracia no país tem sido manipulada por grupos poderosos, o que levou muitos tailandeses a "perder a fé no sistema".

Os membros do Partido Democrático renunciaram recentemente às cadeiras no Parlamento, em uma tentativa de deslegitimar o governo de Yingluck e se juntar às dezenas de milhares de manifestantes que protestam contra a administração central. Uma grande manifestação está sendo preparada para este domingo na capital Bangcoc.

A oposição diz que Yingluck é uma marionete do seu irmão, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que foi derrubado por um golpe militar em 2006 e vive no exílio desde então. O Partido Democrático quer a renúncia de Yingluck e a nomeação de um governo temporário até a realização de novas eleições.

Muitos manifestantes de classe média criticam as políticas populistas de Yingluck, incluindo um subsídio para o arroz, por meio do qual o governo compra o grão de pequenos agricultores por até o dobro do preço de mercado. Segundo um dos líderes dos protestos, Suthep Thaugsuban, que já foi vice-primeiro-ministro em uma administração anterior do Partido Democrático, Yingluck está comprando votos da população mais pobre para garantir maioria no Parlamento e fazer com que seu clã continue no poder.

Meses atrás, o governo tentou aprovar uma lei de anistia que permitiria que Thaksin voltasse ao país sem ser preso, após ter sido condenado por corrupção em 2008. Em 2006, quando Thaksin convocou eleições antecipadas, o Partido Democrático boicotou o sufrágio, o que fez com que o comparecimento dos eleitores ficasse abaixo do mínimo exigido pela lei. Assim, o Judiciário anulou as eleições, elevando a crise política e abrindo caminho para o golpe militar. Fonte: Associated Press.

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