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Operação francesa de resgate na Somália termina em fracasso

Refém, dois soldados franceses e 17 "terroristas" morreram na operação


	Soldados na Somália: islamitas sequestraram francês em julho de 2009
 (Abdurashid Abdulle/AFP)

Soldados na Somália: islamitas sequestraram francês em julho de 2009 (Abdurashid Abdulle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2013 às 09h14.

São Paulo - A França fracassou ao tentar libertar um refém francês na Somália, que foi morto por "seus sequestradores", em uma operação que terminou também com a morte de dois soldados franceses e de 17 "terroristas", indicou neste sábado o Ministério da Defesa.

O francês Denis Allex, sequestrado na Somália por islamitas desde julho de 2009, foi morto por seus sequestradores durante uma operação efetuada pelo serviço secreto de segurança externa da França (DGSE) para tentar libertá-lo, de acordo com a mesma fonte.

Dois soldados franceses "perderam a vida" e "17 terroristas foram mortos" na operação e nos "violentos" combates, acrescentou em um comunicado a mesma fonte.

Allex, agente da DGSE, havia sido sequestrado em Mogadíscio no momento em que realizava "uma missão oficial de assistência" ao governo somali de transição, lembra o ministério.

Apesar disso, os islamitas shebab afirmaram pouco depois neste sábado que o refém francês em seu poder continua vivo após a operação efetuada para libertá-lo, mas que seria julgado "dentro de dois dias".

Além disso, os shebab afirmam ter sequestrado "um soldado francês ferido" na operação e acrescentam que os comandos franceses levaram consigo "vários" companheiros mortos ou feridos nos combates, em um comunicado enviado à AFP em Nairóbi.

Os islamitas somalis shebab também ameaçaram a França, afirmando que o país sofrerá "amargas consequências" após a fracassada operação para libertar o refém francês.

"No final das contas, serão os cidadãos franceses que sufrerão, inevitavelmente, as amargas consequências da atitude inconsequente de seu governo para com os reféns", advertem os islamitas.

A Somália vive mergulhada no caos e na guerra civil desde a derrubada do presidente Siad Barre em 1991.

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