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Opep deverá manter meta de produção de petróleo inalterada

Desaceleração do crescimento da demanda e a frágil economia global normalmente dariam à Opep razões para considerar cortes na oferta

Delegados da Opep dizem que o grupo de 12 membros deverá manter a meta de produção de 30 milhões de barris por dia (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 09h46.

Londres - Os altos estoques de petróleo , a desaceleração do crescimento da demanda e a frágil economia global normalmente dariam à Opep razões para considerar cortes na oferta em sua reunião no próximo mês, especialmente quando alguns acreditam que podem estar produzindo mais do que o suficiente para atender a demanda.

Mas, com os conflitos no Oriente Médio mantendo o preço do petróleo em três dígitos, os delegados da Opep dizem que o grupo de 12 membros deverá manter a meta de produção de 30 milhões de barris por dia (bpd), acordada há um ano.

Eles também esperam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) contenha as tensões recentes entre Irã e Arábica Saudita, uma vez que com sanções ocidentais contra Teerã os sauditas e aliados do Golfo Árabe, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, a aumentaram suas produções.

As indicações são de que o Irã, sob aperto das sanções dos EUA da Europa sobre seu programa nuclear, está resignado a exportações dramaticamente mais baixas e ficará fora do radar na reunião do dia 12 de dezembro, em Viena.

"A Opep está enfrentando um difícil ano pela frente. A economia mundial está fraca e a oferta ficará abaixo da demanda, o que pode justificar um corte de cerca de 500 mil barris por dia", disse um delegado sênior da Opep, de país produtor do Golfo.

"Os fatores políticos, no entanto, vão evitar que a Opep tome qualquer ação formal."

Com as mudanças no teto de produção sendo improváveis, o gerenciamento do mercado de petróleo será guiado pelo líder produtor da Opep, a Arábia Saudita --único membro com significante capacidade ociosa-- com suporte dos Emirados Árabes e o Kuwait.

Riade já recuou das taxas de máxima de 30 anos, de 10 milhões de barris diários, produzindo cerca de 9,7 milhões de bpd em outubro. Isso ajudou a reduzir a produção geral da Opep em cerca de 700 mil bpd ante o pico atingido mais cedo no ano, de quase 32 milhões de bpd.

O número isolado sugere que o excedente de produção da Opep pode subir no próximo ano e pode indicar que modestos freios são necessários.

Os estoques de petróleo em países industrializados aumentaram para 59,6 dias de demanda futura em setembro, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), significativamente acima da média de cinco anos, pela primeira vez em 2012.

A Opep está produzindo cerca de 1 milhão de bpd acima do teto de 30 milhões de bpd. A demanda por petróleo do grupo deve cair no próximo ano em mais de 400 mil bpd, com os Estados Unidos, aproveitando o boom de energia de xisto, e outros países de fora da Opep, ampliando suas ofertas.

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Londres - Os altos estoques de petróleo , a desaceleração do crescimento da demanda e a frágil economia global normalmente dariam à Opep razões para considerar cortes na oferta em sua reunião no próximo mês, especialmente quando alguns acreditam que podem estar produzindo mais do que o suficiente para atender a demanda.

Mas, com os conflitos no Oriente Médio mantendo o preço do petróleo em três dígitos, os delegados da Opep dizem que o grupo de 12 membros deverá manter a meta de produção de 30 milhões de barris por dia (bpd), acordada há um ano.

Eles também esperam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) contenha as tensões recentes entre Irã e Arábica Saudita, uma vez que com sanções ocidentais contra Teerã os sauditas e aliados do Golfo Árabe, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, a aumentaram suas produções.

As indicações são de que o Irã, sob aperto das sanções dos EUA da Europa sobre seu programa nuclear, está resignado a exportações dramaticamente mais baixas e ficará fora do radar na reunião do dia 12 de dezembro, em Viena.

"A Opep está enfrentando um difícil ano pela frente. A economia mundial está fraca e a oferta ficará abaixo da demanda, o que pode justificar um corte de cerca de 500 mil barris por dia", disse um delegado sênior da Opep, de país produtor do Golfo.

"Os fatores políticos, no entanto, vão evitar que a Opep tome qualquer ação formal."

Com as mudanças no teto de produção sendo improváveis, o gerenciamento do mercado de petróleo será guiado pelo líder produtor da Opep, a Arábia Saudita --único membro com significante capacidade ociosa-- com suporte dos Emirados Árabes e o Kuwait.

Riade já recuou das taxas de máxima de 30 anos, de 10 milhões de barris diários, produzindo cerca de 9,7 milhões de bpd em outubro. Isso ajudou a reduzir a produção geral da Opep em cerca de 700 mil bpd ante o pico atingido mais cedo no ano, de quase 32 milhões de bpd.

O número isolado sugere que o excedente de produção da Opep pode subir no próximo ano e pode indicar que modestos freios são necessários.

Os estoques de petróleo em países industrializados aumentaram para 59,6 dias de demanda futura em setembro, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), significativamente acima da média de cinco anos, pela primeira vez em 2012.

A Opep está produzindo cerca de 1 milhão de bpd acima do teto de 30 milhões de bpd. A demanda por petróleo do grupo deve cair no próximo ano em mais de 400 mil bpd, com os Estados Unidos, aproveitando o boom de energia de xisto, e outros países de fora da Opep, ampliando suas ofertas.

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