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ONU: sequestro de crianças é nova tática de grupos como EI

As crianças sequestradas são utilizadas como soldados, escudos humanos, escravos sexuais ou para cometer ataques suicidas


	Bandeira do Boko Haram: o enviado da ONU em Chade criticou a inação do Conselho de Segurança contra o grupo, argumentando ele é mais perigoso que o Estado Islâmico
 (AFP/ Stephane Yas)

Bandeira do Boko Haram: o enviado da ONU em Chade criticou a inação do Conselho de Segurança contra o grupo, argumentando ele é mais perigoso que o Estado Islâmico (AFP/ Stephane Yas)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 17h13.

Nova York - O sequestro em massa de crianças se transformou em uma nova tática de guerra dos grupos armados extremistas, como a organização Estado Islâmico (EI) e Boko Haram, afirmou na quarta-feira Leila Zerrugui, representante oficial da ONU para a infância e os conflitos armados.

"Os sequestros em massa de mulheres e crianças estão no caminho de se transformar em uma tática de guerra utilizada de forma sistemática para aterrorizar, submeter e humilhar comunidades inteiras", explicou Zerrugui em um debate no Conselho de Segurança da ONU sobre as crianças nos conflitos.

As crianças sequestradas são utilizadas como soldados, escudos humanos, escravos sexuais ou para cometer ataques suicidas, completou. "Esses sequestros em massa aumentaram (...) e convido o Conselho a prestar plena atenção a esse fenômeno preocupante".

Zerrugui pediu aos países do Conselho que "ativem os meios de pressão" sobre os grupos armados. "Além disso, a pressão militar não pode passar por cima da pressão judicial e das sanções", lembrou.

O grupo nigeriano Boko Haram sequestrou, em abril de 2014, 276 colegiais em Chibok (Borno, no nordeste da Nigéria). Entre elas, 57 meninas conseguiram escapar, mas 219 continuam desaparecidas.

O enviado da ONU em Chade criticou a inação do Conselho de Segurança contra o Boko Haram, argumentando que este grupo nigeriano extremista é mais perigoso que o grupo Estado Islâmico.

"O que fazemos contra o EI, devemos fazer contra o Boko Haram", disse o embaixador Mahamat Cherif à imprensa.

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