Manifestantes na Síria: repressão é violenta no país
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 14h08.
Brasília – A Organização das Nações Unidas (ONU) determinou hoje (17) a retirada de 26 funcionários chamados de não essenciais e suas famílias da Síria. O coordenador especial da ONU para o Líbano, Michael Williams, disse que a retirada é temporária e que decisão foi tomada por causa da crescente violência e da ação repressiva das forças do governo contra civis.
Williams disse estar "muito preocupado" com a situação na cidade portuária do norte de Latakia. Nesta cidade as forças de segurança enfrentam há dias os manifestantes. O ataque a Latakia é o último de uma série de confrontos que começou em março na Síria.
Os manifestantes sírios reivindicam a renúncia do presidente Bashar Al Assad, cuja família está no poder há cerca de quatro décadas. Os manifestantes querem ainda reformas política, econômica e social, assim como o fim das violações aos direitos humanos e garantias de liberdades – de expressão, opinião e manifestação.
Organizações não governamentais estimam que cerca de 2 mil pessoas foram mortas na Síria nos últimos cinco meses. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou para o fim da violência e das ações repressivas.
No último domingo (14), a agência para os refugiados da Palestina manifestou preocupação com a situação em Latakia, onde um campo de refugiados palestinos está sob ataque de forças do governo.
Na Síria os protestos são parte de um amplo levante, em todo o Norte da África e no Oriente Médio, que levou à derrubada de regimes ditatoriais na Tunísia e no Egito e aos conflitos na Líbia.