O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: resolução foi um "vínculo crucial" entre a igualdade de gênero e a paz e a segurança internacionais (UNITED NATIONS/AFP/Arquivos / Mark Garten)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2015 às 14h16.
Nações Unidas - A ONU insistiu nesta terça-feira na necessidade de somar mais mulheres na direção de suas operações de paz e colocar esse objetivo como um "ingrediente central" na reforma das Nações Unidas.
A chamada foi feita pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na mensagem de abertura da reunião do Conselho de Segurança liderada pelo presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, cujo país preside neste mês esse órgão das Nações Unidas.
O debate no conselho, no qual segundo o programado devem participar 112 oradores, se desenvolve coincidindo com o 15° aniversário da resolução 1325 do Conselho de Segurança, que fixou princípios para reforçar a igualdade de gênero na prevenção de conflitos e em outras áreas de operações da ONU.
Essa resolução, afirmou hoje Ban, foi um "vínculo crucial" entre a igualdade de gênero e a paz e a segurança internacionais.
Nesse sentido, o secretário-geral da ONU lembrou que nomeou cinco mulheres como representantes especiais nas operações de paz em diferentes continentes e também há uma mulher no comando de uma missão de "boinas azuis", no Chipre.
"Mas todos nós devemos fazer muito mais", insistiu.
Ban acrescentou que como parte das revisões que as Nações Unidas estão fazendo em suas operações de paz "qualquer reforma tem que incluir a igualdade de gênero e a liderança das mulheres como ingredientes centrais" nessas atividades.
"Devemos ter uma atenção particular com as mulheres que são mais vulneráveis", recalcou Ban, ao citar o caso de mulheres e meninas que se transformaram em alvos do extremismo islâmico na Síria, Iraque e Nigéria.
Ban, que começou seu discurso com breves palavras em espanhol, se comprometeu também a conseguir o objetivo de destinar 15% dos fundos para operações de paz em atender a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.
"Em uma época na qual os grupos armados extremistas colocam a subordinação das mulheres entre as prioridades de sua agenda, nós devemos colocar a liderança das mulheres e a proteção de seus direitos no começo de nossas prioridades", insistiu.