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ONU quer estimular fim da marginalização indígena

''Não devemos tolerar mais a indiferença sobre esses assuntos vitais, já que, como bem sabemos, a indiferença aplaina o terreno à intolerância'', assegurou chefe indígena

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 20h43.

Nações Unidas - O Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas iniciou nesta segunda-feira seu 11º período de sessões focado em impulsionar o fim da marginalização desses povos e também em tratar o impacto que a chamada doutrina do descobrimento teve no desenvolvimento dessas comunidades.

''Existe uma necessidade incrivelmente urgente que todos os povos indígenas, os países e a ONU tomem medidas efetivas e coordenadas para solucionar a discriminação, o racismo, a marginalização, a extrema pobreza e o conflito que sofremos'', disse na inauguração do fórum seu presidente, o chefe indígena Edward John.

As sessões, nas quais se espera até o próximo dia 18 de maio a participação de cerca de dois mil indígenas, começaram com um ato comemorativo na Assembleia Geral da ONU, onde John lançou uma chamada para acabar com a ''indiferença'' que segue afetando as questões relacionadas com essas comunidades.

''Não devemos tolerar mais a indiferença sobre esses assuntos vitais, já que, como bem sabemos, a indiferença aplaina o terreno à intolerância'', assegurou John, chefe de uma das comunidades indígenas que habitam o terreno que forma atualmente o Canadá.

O novo período de sessões contará com mais de 50 atos na sede central da ONU e estará centrado em tratar a doutrina do descobrimento e sua repercussão duradoura nos povos indígenas.

''Trata-se de um tema muito importante para os indígenas, já que muitos de nós temos longas histórias de colonização. Precisamos responder a esse difícil passado e estabelecer medidas que nos permitam avançar além de uma discriminação e uma pobreza extrema que são inaceitáveis'', acrescentou o presidente do fórum.


Essa doutrina, que permitia a anexação de territórios indígenas aos Estados, teve graves consequências sobre os povos indígenas, segundo John, que lembrou sua experiência no Canadá, em cujas escolas dedicadas aos índios ''se partia da premissa que os povos indígenas eram inferiores''.

John participou do ato de inauguração acompanhado de numerosos representantes de povos indígenas, além da subsecretária geral da ONU, Asha-Rose Migiro, que, em nome do secretário-geral, Ban Ki-moon, deu as boas-vindas aos participantes e pediu mais trabalho para acabar com a discriminação.

''Seguimos ouvindo histórias de lutas e exploração dos povos indígenas ao redor do mundo. Já é hora que essas histórias mudem e que chegue o dia no qual os povos indígenas sejam ouvidos'', disse Migiro, que destacou o papel que estas comunidades devem exercer na mensagem que deve sair da próxima Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Nesta segunda-feira, além do painel sobre a doutrina do descobrimento, foi realizado outro para analisar as contribuições da população indígena feminina aos processos de cidadania e governança, organizados pela ONU Mulheres.

Criado em 2000 pelo Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), o fórum conta com 16 especialistas independentes que estabelecem recomendações sobre assuntos indígenas dentro do sistema das Nações Unidas com o objetivo de conscientizar sobre os problemas destes povos e encorajar sua integração.

Segundo a ONU, no mundo todo há cerca de 370 milhões de indígenas, que formam uma parte desproporcional da população pobre, analfabeta e desempregada do planeta.

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Nações Unidas - O Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas iniciou nesta segunda-feira seu 11º período de sessões focado em impulsionar o fim da marginalização desses povos e também em tratar o impacto que a chamada doutrina do descobrimento teve no desenvolvimento dessas comunidades.

''Existe uma necessidade incrivelmente urgente que todos os povos indígenas, os países e a ONU tomem medidas efetivas e coordenadas para solucionar a discriminação, o racismo, a marginalização, a extrema pobreza e o conflito que sofremos'', disse na inauguração do fórum seu presidente, o chefe indígena Edward John.

As sessões, nas quais se espera até o próximo dia 18 de maio a participação de cerca de dois mil indígenas, começaram com um ato comemorativo na Assembleia Geral da ONU, onde John lançou uma chamada para acabar com a ''indiferença'' que segue afetando as questões relacionadas com essas comunidades.

''Não devemos tolerar mais a indiferença sobre esses assuntos vitais, já que, como bem sabemos, a indiferença aplaina o terreno à intolerância'', assegurou John, chefe de uma das comunidades indígenas que habitam o terreno que forma atualmente o Canadá.

O novo período de sessões contará com mais de 50 atos na sede central da ONU e estará centrado em tratar a doutrina do descobrimento e sua repercussão duradoura nos povos indígenas.

''Trata-se de um tema muito importante para os indígenas, já que muitos de nós temos longas histórias de colonização. Precisamos responder a esse difícil passado e estabelecer medidas que nos permitam avançar além de uma discriminação e uma pobreza extrema que são inaceitáveis'', acrescentou o presidente do fórum.


Essa doutrina, que permitia a anexação de territórios indígenas aos Estados, teve graves consequências sobre os povos indígenas, segundo John, que lembrou sua experiência no Canadá, em cujas escolas dedicadas aos índios ''se partia da premissa que os povos indígenas eram inferiores''.

John participou do ato de inauguração acompanhado de numerosos representantes de povos indígenas, além da subsecretária geral da ONU, Asha-Rose Migiro, que, em nome do secretário-geral, Ban Ki-moon, deu as boas-vindas aos participantes e pediu mais trabalho para acabar com a discriminação.

''Seguimos ouvindo histórias de lutas e exploração dos povos indígenas ao redor do mundo. Já é hora que essas histórias mudem e que chegue o dia no qual os povos indígenas sejam ouvidos'', disse Migiro, que destacou o papel que estas comunidades devem exercer na mensagem que deve sair da próxima Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Nesta segunda-feira, além do painel sobre a doutrina do descobrimento, foi realizado outro para analisar as contribuições da população indígena feminina aos processos de cidadania e governança, organizados pela ONU Mulheres.

Criado em 2000 pelo Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), o fórum conta com 16 especialistas independentes que estabelecem recomendações sobre assuntos indígenas dentro do sistema das Nações Unidas com o objetivo de conscientizar sobre os problemas destes povos e encorajar sua integração.

Segundo a ONU, no mundo todo há cerca de 370 milhões de indígenas, que formam uma parte desproporcional da população pobre, analfabeta e desempregada do planeta.

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