Mundo

ONU pede que crimes do EI em Mossul sejam levados aos tribunais

O assessor da ONU chamou a atenção para os sequestros e execuções e o uso de civis como escudos humanos supostamente cometidos pelo EI

EI: "Sob a lei internacional, a responsabilidade de comando significa que aqueles com autoridade serão considerados responsáveis pelas ações de forças sob seu controle" (Reuters/Reuters)

EI: "Sob a lei internacional, a responsabilidade de comando significa que aqueles com autoridade serão considerados responsáveis pelas ações de forças sob seu controle" (Reuters/Reuters)

E

EFE

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 21h48.

Nações Unidas - O assessor especial da ONU para a Prevenção do Genocídio, Adama Dieng, condenou nesta terça-feira os crimes cometidos pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) na cidade iraquiana de Mossul e pediu para que sejam reunidas provas para levá-los aos tribunais.

Em comunicado, Dieng chamou a atenção para os sequestros e execuções e o uso de civis como escudos humanos supostamente cometidos pelo EI.

O representante das Nações Unidas advertiu que é "provável que o EI aumente essas táticas conforme avancem as operações militares" para expulsar o grupo de Mossul.

Além disso, Dieng mencionou informações que falam sobre o uso de armas químicas e ataques a membros das Forças de Segurança iraquianas e suas famílias.

Dieng condenou "nos termos mais contundentes o contínuo e absoluto desprezo pelos direitos humanos e a lei humanitária" do EI e ressaltou a importância de seus responsáveis prestarem contas.

O assessor pediu para que sejam obtidas todas as provas de atividades criminosas para que no futuro possam ser utilizadas perante a Justiça.

Ao mesmo tempo, lembrou ao governo do Iraque que as operações militares em Mossul devem ser desenvolvidas no total respeito das normas internacionais e que qualquer acusação de vingança por parte das forças de segurança deve ser abordada rapidamente.

"Sob a lei internacional, a responsabilidade de comando significa que aqueles com autoridade serão considerados responsáveis pelas ações de forças sob seu controle", lembrou.

Além disso, Dieng expressou preocupação pelo risco de que grupos armados que atuem em nome de comunidades étnicas ou religiosas possam atuar contra a população sunita da região.

Dieng destacou como positivas as mensagens do governo e de autoridades religiosas pedindo a proteção dos civis e encorajou os líderes a trabalhar para reparar as brechas entre comunidades.

A grande ofensiva para expulsar o EI de Mossul começou no último dia 17 e desde então as forças iraquianas, junto às curdas peshmergas, avançaram sem pausa pelas frentes leste, norte e sul.

O EI conquistou Mossul em junho de 2014, quando também autoproclamou um califado nos territórios sob seu controle no Iraque e na vizinha Síria.

Acompanhe tudo sobre:CrimeEstado IslâmicoIraque

Mais de Mundo

“EUA apoiam totalmente Israel”, diz embaixadora americana na ONU

Milei publica decreto dizendo que Aerolíneas é 'sujeita a privatização' e pode desestatizar empresa

Chile quer ampliar exportação para Nordeste e Centro-Oeste e sugere "Piscorinha"

Macron confirma que França mobilizou meios militares contra ataque do Irã