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ONU pede ajuda financeira recorde para crises humanitárias

Os US$ 20,1 bilhões representam cinco vezes o valor que a ONU costumava solicitar há uma década

Ajuda humanitária: entre as 125 milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária, há 88 milhões mais vulneráveis e marginalizadas (AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 10h44.

Genebra - A ONU pediu nesta segunda-feira uma ajuda de US$ 20,1 bilhões - o maior valor já solicitado pela organização - para fazer frente às necessidades de 88 milhões de pessoas afetadas por múltiplas crises humanitárias em todo o mundo no próximo ano.

Os US$ 20,1 bilhões representam cinco vezes o valor que a ONU costumava solicitar há uma década.

E demonstram não só a multiplicação de conflitos e desastres que assolam o mundo, mas o número sem precedentes de afetados.

Entre as 125 milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária para sobreviver, há 88 milhões mais vulneráveis e marginalizadas.

Mais de 60 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas e vivem como refugiados ou deslocados internos em seus próprios países, afirmou a ONU, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.

Os recursos solicitados serão distribuídos em 37 países afetados por 27 crises: Afeganistão, Burkina Fasso, Camarões, Chade, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guatemala, Haiti, Honduras, Iraque, Líbia, Mali, Mauritânia, Mianmar, Níger, Nigéria, Palestina, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Senegal, Somália, Sudão do Sul, Síria, Ucrânia e Iêmen.

As crises no Burundi, Nigéria, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Síria e Iêmen são consideradas como regionais, afetando os vizinhos. Por isso, o número total de países incluídos no plano de assistência da ONU chega a 37.

Entre eles, a crise que requer mais recursos é, mais uma vez, a da Síria. Serão US$ 3,2 bilhões para a assistência no próprio país e US$ 4,8 bilhões para ajuda humanitária às nações vizinhas (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia), que recebem mais de 4 milhões de refugiados sírios.

Para 2015, a ONU solicitou US$ 2,9 bilhões para a Síria, dos quais só obteve US$ 1,2 bilhão (40%) e US$ 4,5 bilhões para a resposta regional, recebendo apenas US$ 2,4 bilhões (53%).

O segundo é o Sudão do Sul, com US$ 1,3 bilhão solicitado para enfrentar as necessidades do país e outros US$ 600 milhões para ajudar os refugiados sul-sudaneses em outras localidades.

Já no Iêmen, onde 80% da população precisa de assistência humanitária para sobreviver, o pedido da ONU foi de US$ 1,6 bilhão.

Para o impacto regional da crise, a organização solicitou US$ 94 milhões.

Para responder a todas as crises em 2015, a ONU pediu que os países contribuíssem com US$ 19,9 bilhões, mas, até o momento, só recebeu US$ 9,7 bilhões, o que representa 49% do solicitado.

Se não ocorrerem surpresas de última hora, as agências humanitárias fecharão o ano com um déficit de financiamento de US$ 10,2 bilhões, o maior já registrado.

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E demonstram não só a multiplicação de conflitos e desastres que assolam o mundo, mas o número sem precedentes de afetados.

Entre as 125 milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária para sobreviver, há 88 milhões mais vulneráveis e marginalizadas.

Mais de 60 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas e vivem como refugiados ou deslocados internos em seus próprios países, afirmou a ONU, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.

Os recursos solicitados serão distribuídos em 37 países afetados por 27 crises: Afeganistão, Burkina Fasso, Camarões, Chade, Djibuti, Etiópia, Gâmbia, Guatemala, Haiti, Honduras, Iraque, Líbia, Mali, Mauritânia, Mianmar, Níger, Nigéria, Palestina, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Senegal, Somália, Sudão do Sul, Síria, Ucrânia e Iêmen.

As crises no Burundi, Nigéria, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Síria e Iêmen são consideradas como regionais, afetando os vizinhos. Por isso, o número total de países incluídos no plano de assistência da ONU chega a 37.

Entre eles, a crise que requer mais recursos é, mais uma vez, a da Síria. Serão US$ 3,2 bilhões para a assistência no próprio país e US$ 4,8 bilhões para ajuda humanitária às nações vizinhas (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia), que recebem mais de 4 milhões de refugiados sírios.

Para 2015, a ONU solicitou US$ 2,9 bilhões para a Síria, dos quais só obteve US$ 1,2 bilhão (40%) e US$ 4,5 bilhões para a resposta regional, recebendo apenas US$ 2,4 bilhões (53%).

O segundo é o Sudão do Sul, com US$ 1,3 bilhão solicitado para enfrentar as necessidades do país e outros US$ 600 milhões para ajudar os refugiados sul-sudaneses em outras localidades.

Já no Iêmen, onde 80% da população precisa de assistência humanitária para sobreviver, o pedido da ONU foi de US$ 1,6 bilhão.

Para o impacto regional da crise, a organização solicitou US$ 94 milhões.

Para responder a todas as crises em 2015, a ONU pediu que os países contribuíssem com US$ 19,9 bilhões, mas, até o momento, só recebeu US$ 9,7 bilhões, o que representa 49% do solicitado.

Se não ocorrerem surpresas de última hora, as agências humanitárias fecharão o ano com um déficit de financiamento de US$ 10,2 bilhões, o maior já registrado.

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