ONU lamenta deterioração de crise no Congo
Roger Meece disse que a situação se deteriorou ''seriamente'' e advertiu que há um ''grande risco'' de que aumentem as violações de direitos humanos no país
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2012 às 18h08.
Nações Unidas - A ONU lamentou nesta quarta-feira a grave deterioção da crise na República Democrática do Congo (RDC) e o Conselho de Segurança exigiu que o movimento rebelde M23 abandone a cidade oriental de Goma.
O representante especial da ONU na RDC, Roger Meece, disse em uma videoconferência ao Conselho de Segurança que a situação se deteriorou ''seriamente'' e advertiu que há um ''grande risco'' de que aumentem as violações de direitos humanos no país.
Meece detalhou que a Missão da ONU para a Estabilização da RDC (Monusco) constatou ''várias'' evidências de execuções sumárias por parte dos rebeldes, assim como casos ''não confirmados'' de violência sexual, entre outros abusos dos direitos humanos.
O representante especial da ONU indicou, além disso, que os rebeldes ''não contam com apoio total'' da população e denunciou que o M23 está tentando estabelecer uma administração paralela nas zonas do leste do país que foi ocupando.
A província de Kivu do Norte foi palco da intensificação de combates entre o M23 e o Exército do Congo, que culminaram na terça-feira com a tomada de Goma por parte dos rebeldes.
Os 15 membros do Conselho de Segurança aprovaram, ontem à noite, uma resolução na qual rejeitam a última onda de ataques do M23, condenam as violações de direitos humanos e exigem que os rebeldes abandonem a cidade de Goma, fronteiriça com Ruanda.
''Exigimos a retirada imediata do M23 da cidade de Goma, a cessação de qualquer avanço por parte dos rebeldes, que seus membros se dissolvam e deponham as armar e restaure a autoridade do Estado na zona'', assegura a resolução aprovada por unanimidade.
Além disso, reitera sua condenação aos ataques do M23 contra a população civil, além dos atores humanitários e do recrutamento de crianças e expressam sua ''profunda preocupação'' pelos relatórios que falam de ''apoio externo'' aos rebeldes.
Por último, a resolução mostra a intenção de considerar novas sanções contra os líderes do M23 ''e contra os que ofereçam apoio'' aos rebeldes em violação ao embargo de armas imposto pelo Conselho anteriormente.
Por sua parte, o subsecretário-geral para Operações de Paz da ONU, o francês Hervé Ladsous, condenou a última ofensiva do M23 e pediu o fim das hostilidades, pedindo que os rebeldes abandonem Goma.
''Monusco fica, não há dúvida, para seguir protegendo à população civil. A missão controla o aeroporto e tem certa presença em Goma'', disse Ladsous, que em todo caso esclareceu que não faz parte de seu mandato ''atacar diretamente'' os rebeldes.
O chefe dos ''capacetes azuis'' da ONU acrescentou que há uma ''grande preocupação'' entre os membros do Conselho de Segurança pelas violações de direitos humanos e advertiu que os responsáveis ''serão levados perante a justiça''.
O M23, que é formado por soldados congoleses amotinados e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, seguiu hoje avançando e tomou a cidade de Sake, cerca de 30 quilômetros de Goma, conseguindo que centenas de soldados e policiais ao movimento.
A República Democrática do Congo está imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos, e tem desdobrada a maior missão de paz da ONU.
Nações Unidas - A ONU lamentou nesta quarta-feira a grave deterioção da crise na República Democrática do Congo (RDC) e o Conselho de Segurança exigiu que o movimento rebelde M23 abandone a cidade oriental de Goma.
O representante especial da ONU na RDC, Roger Meece, disse em uma videoconferência ao Conselho de Segurança que a situação se deteriorou ''seriamente'' e advertiu que há um ''grande risco'' de que aumentem as violações de direitos humanos no país.
Meece detalhou que a Missão da ONU para a Estabilização da RDC (Monusco) constatou ''várias'' evidências de execuções sumárias por parte dos rebeldes, assim como casos ''não confirmados'' de violência sexual, entre outros abusos dos direitos humanos.
O representante especial da ONU indicou, além disso, que os rebeldes ''não contam com apoio total'' da população e denunciou que o M23 está tentando estabelecer uma administração paralela nas zonas do leste do país que foi ocupando.
A província de Kivu do Norte foi palco da intensificação de combates entre o M23 e o Exército do Congo, que culminaram na terça-feira com a tomada de Goma por parte dos rebeldes.
Os 15 membros do Conselho de Segurança aprovaram, ontem à noite, uma resolução na qual rejeitam a última onda de ataques do M23, condenam as violações de direitos humanos e exigem que os rebeldes abandonem a cidade de Goma, fronteiriça com Ruanda.
''Exigimos a retirada imediata do M23 da cidade de Goma, a cessação de qualquer avanço por parte dos rebeldes, que seus membros se dissolvam e deponham as armar e restaure a autoridade do Estado na zona'', assegura a resolução aprovada por unanimidade.
Além disso, reitera sua condenação aos ataques do M23 contra a população civil, além dos atores humanitários e do recrutamento de crianças e expressam sua ''profunda preocupação'' pelos relatórios que falam de ''apoio externo'' aos rebeldes.
Por último, a resolução mostra a intenção de considerar novas sanções contra os líderes do M23 ''e contra os que ofereçam apoio'' aos rebeldes em violação ao embargo de armas imposto pelo Conselho anteriormente.
Por sua parte, o subsecretário-geral para Operações de Paz da ONU, o francês Hervé Ladsous, condenou a última ofensiva do M23 e pediu o fim das hostilidades, pedindo que os rebeldes abandonem Goma.
''Monusco fica, não há dúvida, para seguir protegendo à população civil. A missão controla o aeroporto e tem certa presença em Goma'', disse Ladsous, que em todo caso esclareceu que não faz parte de seu mandato ''atacar diretamente'' os rebeldes.
O chefe dos ''capacetes azuis'' da ONU acrescentou que há uma ''grande preocupação'' entre os membros do Conselho de Segurança pelas violações de direitos humanos e advertiu que os responsáveis ''serão levados perante a justiça''.
O M23, que é formado por soldados congoleses amotinados e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, seguiu hoje avançando e tomou a cidade de Sake, cerca de 30 quilômetros de Goma, conseguindo que centenas de soldados e policiais ao movimento.
A República Democrática do Congo está imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos, e tem desdobrada a maior missão de paz da ONU.