Mundo

ONU está preocupada com prisão de muçulmanos no Egito

Chefe de Direitos Humanos mostra preocupação, mas não chegou a dizer que a deposição nesta semana constituiu um golpe de Estado


	Integrantes da Irmandade Muçulmana: ONU defende que crimes específicos precisariam ter sido cometidos para justificar as detenções de líderes
 (REUTERS/Louafi Larbi)

Integrantes da Irmandade Muçulmana: ONU defende que crimes específicos precisariam ter sido cometidos para justificar as detenções de líderes (REUTERS/Louafi Larbi)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 09h54.

Genebra - A chefe de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, disse nesta sexta-feira estar preocupada com os relatos sobre a detenção dos líderes da Irmandade Muçulmana do Egito, mas não chegou a dizer que a deposição deles nesta semana constituiu um golpe de Estado.

"Espero que um Estado de Direito e um sistema de governo que respeite os direitos humanos de todos os egípcios - homens e mulheres - possa ser rapidamente restabelecido", disse ela em comunicado.

Seu porta-voz, Rupert Colville, disse em entrevista que crimes específicos precisariam ter sido cometidos para justificar as detenções de líderes da Irmandade Muçulmana.

"Nós realmente não sabemos os detalhes e qual a base dessas prisões. Obviamente, se você detém ou prende alguém é preciso haver, de acordo com a lei, uma boa razão para fazê-lo", disse ele. "É preciso que haja o devido processo".

Questionado sobre se os novos governantes do Egito deviam deixar claro por que os indivíduos foram detidos ou então libertá-los, o porta-voz disse: "Acho que é uma interpretação perfeitamente razoável." Pillay afirmou que o Egito deve aproveitar a chance de se tornar uma democracia plenamente próspera e funcional, mas não condenou os militares por derrubarem o presidente Mohamed Mursi, cujas políticas ela frequentemente criticava.

"Como você sabe, no mundo há um enorme debate em curso sobre se este é um golpe ou não é um golpe de Estado ou o que é exatamente. Nós não vamos entrar nessa questão", disse Colville.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaONU

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal